Smart Farming: O que é e quais tecnologias são utilizadas?
Por Lyra M2M • 10 de fevereiro de 2023
Imagine uma fazenda onde são usadas tecnologias de ponta para a comunicação, rastreamento e gerenciamento da produção.
Neste lugar, tudo pode ser visto e acompanhado ao longo dos meses em um software de gestão, em que o produtor/proprietário das terras sabe como e onde tudo está acontecendo com o uso de dados.
Sei que parece papo de país de primeiro mundo, com investimentos bilionários, mas não é bem assim. O Smart Farming é uma realidade, e já faz parte de algumas plantações e fazendas no Brasil.
Boa conectividade, bons sensores e bom aproveitamento de tudo o que a IoT (internet of things) tem a oferecer, é um verdadeiro sonho que aos poucos está se tornando real, com projetos e empresas que estão viabilizando essas tecnologias no agronegócio.
Aprenda mais sobre o que as novas tecnologias podem fazer nas “fazendas inteligentes”, e descubra quais desafios podem ser superados por meio delas.
O que é o Smart Farming?
O Smart Farming (agricultura inteligente) é um conceito relativamente novo que se refere ao gerenciamento de fazendas e gados usando tecnologias como IoT, robótica, drones e IA (inteligência artificial), o que aumenta a quantidade e a qualidade dos produtos, otimizando o trabalho humano necessário para a cadeia de produção.
Sensores e dispositivos que armazenam dados sobre as plantações, o solo e o gado ficam espalhados pela propriedade. Na prática, é a adoção do big data dentro das fazendas, que melhora os processos de plantação, cultivo e colheita.
Todos os dados são processados e transmitidos de um dispositivo ao outro até chegarem ao “terminal de controle” do produtor, que nada mais é do que um software de gestão dos aparelhos e animais que estão conectados.
Esses dispositivos de IoT usam conexões como a internet móvel (por exemplo 3G, 4G e GPRS), radiofrequência ou sinal de satélite para transferir dados, relatórios e informações do campo.
Quais os maiores diferenciais que o Smart Farming está trazendo para o campo?
Com o uso de diversos rastreadores, sensores e demais dispositivos na fazenda, a principal novidade é a adoção de boas práticas de análise de dados (data analytics) em tudo o que é produzido e cultivado no local.
Isso porque o produtor passa a tomar decisões baseadas em dados (se torna um produtor data driven) e passa a antecipar eventuais problemas ou oportunidades relacionados ao clima, qualidade do solo e outras variáveis que são “captadas” com o uso dos dispositivos de Smart Farming.
E como maior diferencial e mudança, podemos trazer a segurança e a previsibilidade que isso gera na produção rural. Menos perdas, maior rentabilidade e aumento na qualidade dos bens que ali são produzidos.
A produção consegue escalar e se tornar mais inteligente, evitando desperdício ou uso indevido de recursos.
Quais tecnologias são normalmente adotadas no Smart Farming?
Comentamos um pouco sobre as mudanças e benefícios que o conceito vem trazendo para o produtor rural. Agora é o momento de falarmos da tecnologia em si.
A quais tipos de tecnologias e facilidades o produtor rural pode ter acesso com o Smart Farming?
Tipos de tecnologias para plantações e o solo
Existem diversos tipos de tecnologia da IoT que podem ajudar o produtor rural a melhorar a qualidade e quantidade daquilo que produz.
Uma das mais comuns são os sensores, que possuem diversas funções, como monitoramento da temperatura do solo e do ambiente, monitoramento de pragas e controle de umidade no solo.
Existem também os sensores elétricos que conseguem monitorar propriedades químicas do solo, utilizando a condutividade elétrica. Sua maior vantagem é o fato de ser um procedimento mais barato do que as análises em laboratórios, que em alguns casos podem levar alguns dias para a obtenção dos resultados.
Normalmente, o objetivo dos sensores elétricos é a análise dos nutrientes e a umidade no solo, além do potencial hídrico do mesmo.
Outro tipo de tecnologia muito comum nas plantações é a Inteligência Artificial, que filtra e utiliza de toda a informação gerada pelos outros sensores e dispositivos, e começa a criar relatórios inteligentes.
Dessa forma, o produtor consegue obter insights precisos baseados em dados de safras passadas, com as informações obtidas nos últimos relatórios no presente. Assim, as IA’s otimizam o uso de certas áreas do campo, assim como o uso de pesticidas e agroquímicos, aumentando a produtividade do solo.
Tipos de tecnologias usadas nos animais (pecuária)
Quando falamos de Smart Farming, que tipos de tecnologias podem ser atribuídas aos animais na pecuária?
Um exemplo comum é um rastreador de gado, o brinco movido a energia solar. Ele permite que o gado seja rastreado 24 horas por dia, com tecnologias de ótimo custo-benefício.
Por se tratar de uma tecnologia que usa sinais de satélites, os animais podem ser rastreados até mesmo em regiões sem conexão móvel (sem acesso à internet).
Há também as coleiras com rastreamento GPS, que podem ter um custo menor se pensarmos na questão do tamanho do rebanho.
Todos esses dados de localização dos animais podem ser utilizados pelos consumidores e varejistas como prova da origem do animal, para saberem se, por exemplo, a carne foi produzida em lugares em que o animal circulava livremente ou se o animal não caminhava durante sua vida (criação em cercos fechados).
Com o rastreamento, toda a cadeia produtiva da pecuária pode ser acompanhada e melhor fiscalizada, o que pode aumentar o interesse de algumas empresas nesse tipo de tecnologia.
Outros tipos de tecnologias adotadas
O uso de robôs não poderia ficar fora do Smart Farming. Por isso, é comum ver a utilização de drones em voos panorâmicos, para conseguirem informações sobre o solo e as plantações.
As informações que os drones podem obter são diversas, tais como: índices fitossanitários, contagem de plantas e previsão de rendimento, medição da altura da planta, mapeamento da cobertura do dossel, mapeamento de lagoas de água no campo, relatórios de reconhecimento, entre muitas outras coisas relacionadas à plantação e ao solo.
Além dos drones, temos máquinas que já operam de forma remota e/ou autônoma, como é o caso de alguns tipos de tratores e colheitadeiras que também se conectam com os demais dispositivos da plantação, gerando, armazenando e trocando informações com o software de gestão.
Conectividade para o seu projeto de Smart Farming
Antes de falarmos de drones, sensores e os tipos de dispositivos a serem adotados em uma fazenda, precisamos parar um pouco e pensarmos no tipo de conectividade atribuída ao local.
Em muitos lugares não será possível ter acesso à rede móvel, ou será necessária a instalação de antenas específicas.
A Lyra M2M tem ampla experiência no Brasil, gerenciando 3 milhões de dispositivos com chips de dados. Entre em contato conosco para que nossos experts possam contribuir para o planejamento de seu projeto.
