Tecnologia

O que é rede GPRS e onde ela é usada?

Por Lyra M2M • 12 de junho de 2023

Quem trabalha hoje com dispositivos e componentes de M2M ou com tecnologias de rastreamento, provavelmente já ouviu falar de GPRS.

Esse termo causa um pouco de confusão com a sigla GPS, que é um tipo de tecnologia que fornece dados específicos da localização em termos de latitude e longitude. O GPRS nada mais é do que um tipo de tecnologia de transmissão de dados 2G, que utiliza torres terrestres de celular.

Com tantos tipos de sinais e tipos de conectividade, por que muitos dispositivos e empresas preferem utilizar o GPRS que opera por meio de radiofrequência?

Isso vai ser explicado neste texto, e também mostraremos um pouco mais sobre as tecnologias e setores que se beneficiam com a rede GPRS.

O que é uma rede de conexão GPRS?

O GPRS é um tipo de tecnologia de sinal utilizado em telecomunicações, que utiliza ondas de rádio para se propagarem. A sigla GPRS quer dizer General Packet Radio Service (em português, Serviços Gerais de Pacotes por Rádio).

Lançado em 2001, essa é uma tecnologia que foi introduzida com o 2G, a segunda geração de redes móveis, e com o EDGE, tendo sido por muito tempo utilizado para conectar dispositivos, usando tecnologias de M2M (machine to machine).

Quando comparado com as gerações mais recentes de telefonia móvel, suas taxas de transferência são bem mais baixas (até 114 Kbps), enquanto o 4G pode chegar a 1 Gbps – o que equivale a 1.048.576 Kbps.

Porém, em muitos países essa tecnologia continua a ser utilizada, com faixas de sinal exclusivas voltadas para máquinas e dispositivos M2M. Isso ocorre porque o GPRS apresenta uma largura de banda ideal para diversas tecnologias, como é o caso de empresas e negócios de gestão de frotas, pagamentos, rastreamento e utilities.

Como resultado, aparelhos celulares e aplicações que precisavam de alta velocidade migraram para gerações mais recentes e mais velozes de sinal móvel, enquanto boa parte das soluções de M2M permaneceram com o GPRS e o 2G.
Quais tecnologias e indústrias utilizam o GPRS?
Você pode até não saber, mas são diversas indústrias e tipos de tecnologia que utilizam o GPRS.

No setor de utilities, que são empresas que fornecem energia e bens de consumo como água e petróleo, a utilização da rede GPRS serve para realizar a telemetria e troca de informações entre as centrais de controle e os pontos de distribuição.

Outros dispositivos e máquinas que precisam de dados, mas em pouca quantidade ou frequência, também se beneficiam com o uso do GPRS, como por exemplo as POS (também conhecidas como maquininhas de cartão).

Por que uma estratégia M2M se associa bem com o GPRS?

Quando dois ou mais equipamentos precisam estar conectados e trocando informações, temos a necessidade de envolver uma conexão remota e contínua entre esses dispositivos.

Como os chips M2M priorizam dados e inibem a transmissão de voz, assim os dispositivos ficam aptos a uma conexão mais eficiente com a internet, o que permite a geração de relatórios e um melhor controle de uso.

Uma “estratégia M2M” precisa ter controle dos dados utilizados, e uma plataforma como a Lyra M2M permite medir e gerenciar o consumo de dados de cada linha, diminuindo custos desnecessários com a conectividade.

Vale lembrar que muitos dispositivos M2M realizam poucas trocas de informação diariamente, sendo que alguns chegam a se comunicar apenas uma vez por semana ou por mês (o que ocorre nas telemetria de utilities, por exemplo).

Por isso, investir em redes e conexões mais robustas acaba não sendo a alternativa mais rentável nesses setores.

Quais as vantagens e desvantagens do GPRS?

A maior vantagem relacionada ao GPRS é sua economia e baixo consumo de dados.

A performance adequada para baixo volume de dados cria um ambiente propício para empresas que precisam conectar centenas de dispositivos de funcionalidade mais simples e “básica”, como é o caso das empresas e concessionárias de utilities (abastecimento de água e energia, por exemplo).

Assim, essas tecnologias associadas ao sinal GPRS consomem pouca bateria e apresentam uma longa vida útil dos chips e hardwares, que são mais resistentes e podem ficar meses ou até anos em locais expostos ao sol e à chuva.

Além disso, a manutenção não é exigida com frequência, uma vez que software e hardware conseguem se comunicar por meio da rede e transmitem informações à central em tempo real via internet.

Sua desvantagem está relacionada à sua limitação do volume de dados transferíveis e à sua velocidade. Por se tratar de uma tecnologia de baixa latência, tudo o que envolve a necessidade de trocas rápidas de dados, voz ou imagens, não pode contar com esse tipo de tecnologia, mas sim os sinais e frequências superiores.

Como esse tipo de tecnologia sofre com interferências ou não pode ser instalada em projetos indoor (lugares subterrâneos ou protegidos com múltiplas paredes), deixaremos aqui o link do artigo que fala do narrow band (NB-IoT), que atende a essa parte específica do mercado.


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