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O que um chip M2M tem de diferente de um chip de celular comum?

Por Lyra M2M • 7 de março de 2023

O que um chip M2M tem de diferente de um chip de celular comum?

Você provavelmente leu em algum lugar sobre chips (também conhecidos como SIM cards) que existem alguns modelos com funções específicas, como é o caso do chip M2M.

Quem quer um chip de celular sabe muito bem como e onde comprá-lo, e até como instalá-lo. O mesmo não vale necessariamente para empresas, que podem precisar de chips para suas máquinas, que são os chips M2M.

Então veio aquela dúvida: o que é esse chip M2M e qual é sua diferença para um de celular padrão?

Hoje, vamos explicar suas diferenças e um pouco de suas semelhanças. Além disso, vamos dar exemplos do porquê ele atende melhor à indústria.

Mas, antes de mais nada, precisamos esclarecer um pouco mais sobre o assunto:

Para que serve um chip M2M?

Como o próprio nome nos revela, o chip “machine to machine” é feito para conectar máquinas e dispositivos que precisam de funções básicas de um chip ou SIM card, como acesso à internet e troca de dados.

Para ser considerado uma conexão M2M, não podem haver fios e nem interação humana na comunicação. Logo, estes dispositivos devem estar a todo momento conectados com coberturas 3G e gerações mais recentes (GPRS, que é a rede de celular), assim como outros tipos de conexões.

É aqui que entram os chips M2M: dispositivos de IoT (Internet of Things) precisam sempre trocar informações com outras máquinas, tornando-se necessário o uso de algum chip que permita a transmissão ou o recebimento de dados.

Pelo fato de ser muito utilizado para telemetria, e ter de ficar em lugares abertos – onde fica exposto no sol e na chuva –, o chip M2M é, na maioria dos casos, mais resistente a mudanças climáticas e a impactos provenientes do ambiente, enquanto o chip comum pode não ter esse tipo de resistência.

Abaixo, vamos explorar algumas outras diferenças entre esses 2 chips.

Diferenças entre o chip de celular e o chip M2M

De forma geral, eles são bem parecidos. Muitas vezes são exatamente o mesmo chip, apenas com um material diferente (uma carcaça um pouco mais resistente).

No entanto, as empresas que vendem ou disponibilizam serviços com chips M2M normalmente mudam as configurações, para que esses chips atendam demandas específicas de certas indústrias, como no caso de meios de pagamentos (POS) e utilities.

Em seguida, deixamos alguns pontos que podem mostrar quais são suas diferenças práticas, para ajudar você a compreender melhor o assunto da diferença entre um chip de celular e o chip M2M.

Nada de extravios e furtos

Antigamente, chips que eram usados em máquinas e conexões IoT podiam ser roubados e utilizados por terceiros como se fossem chips de celular.

Como agora o proprietário de um chip M2M pode colocar limitações de funcionalidades, ele fica viável apenas para usar em dispositivos industriais – mais conhecidos como dispositivos de telemetria.

Há também a questão do rastreamento. Os chips M2M são ideais para sensores de maneira geral, o que viabiliza seu uso em dispositivos e cargas que precisam de rastreamento – o caso de armas e mercadorias de alto valor, por exemplo.

Por ter um baixo custo, uma empresa pode rastrear diversos lotes dos seus produtos e acompanhar toda a cadeia logística, porque eles estarão com um desses chips que emitem sinais fracos de localização.

Flexibilidade com um chip “multioperadora”

Quando uma pessoa compra um chip de celular, ela possui um contrato/vínculo com uma operadora em específico. Isso implica em mais despesas e mais tempo gasto com o gerenciamento dos chips.

Já as empresas que usam máquinas com chips M2M não possuem esse problema, uma vez que elas terão acesso a mais de um mapa de cobertura de forma flexível, o que é um grande diferencial em áreas mais remotas ou com cobertura limitada de certas operadoras.

Essa é uma das maiores vantagens de se contar com os chips M2M: a empresa não precisa ficar presa a uma operadora ou contrato em específico.

O usuário em primeiro lugar

Quando falamos do chip de celular, estamos falando de um chip pensado na experiência do usuário como pessoa física, e não uma empresa ou uma cadeia de dispositivos – que é o caso do chip M2M.

Dessa forma, o chip comum de celular poderá estar programado para ter mais velocidade, possibilidade de enviar SMS e realizar outras ações que, no caso de um chip M2M, podem estar bloqueados.

Por isso, querer usar um chip feito para máquinas e dispositivos industriais em um smartphone ou outro tipo de aparelho pode ser inviável, talvez impossível.

APN Privada

Todo dispositivo que se conecta com a internet precisa de uma APN, um Access Point Name, que pode ser pública ou privada.

Ao usar chips com uma APN privada (que é o caso dos chips M2M), a transmissão de dados possui prioridade de tráfego e maior velocidade, já que não tem a instabilidade de uma rede pública.

Quando falamos de uma APN privada, também devemos associar à segurança pelo fato de que sua conexão não haverá o risco de ser interceptada ou ter seus dados vazados.

Conclusão

A utilização de chips M2M demanda customização e análise do uso específico por parte da empresa que prestará os serviços. Isso porque o chip em si é praticamente o mesmo que o comum de celular, mas possui capacidade de configuração para a necessidade do cliente final, podendo atender demandas de máquinas e aparelhos específicos.

Projetos de IoT e projetos que demandam rastreamento devem entrar em contato com especialistas no assunto para elaborarem um orçamento ou análise de cada caso em questão. Deste modo, não erram na hora de implementar centenas de dispositivos em uma cadeia industrial ou logística, e, consequentemente, perder dinheiro com um projeto mal elaborado de internet das coisas (IoT).

 

 

Fontes


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