Para quem já está habituado com o M2M – machine to machine – as dúvidas podem estar relacionadas quanto ao seu uso e suas novas tendências. Para quem descobriu o tema mais recentemente, cabe o entendimento e estudo do conceito em si.
Seja qual for sua familiaridade com o assunto, estamos trazendo uma compilação das perguntas mais frequentes sobre o assunto, para podermos tirar o máximo de dúvidas sobre esse mercado que a Lyra M2M atua, o objetivo hoje é trazer a você um conteúdo de qualidade como esse sobre M2M.
A seleção das perguntas foi feita com base no público/mercado brasileiro, intenções de busca no Google, assim como perguntas e respostas (os frequently asked questions) de fóruns americanos sobre o assunto.
O machine to machine, “máquina para máquina”, é um sistema de transmissão por um dispositivo remotamente conectado a uma ou mais máquinas, enviando informações em tempo real.
Essas conexões sempre são feitas sem uso de fio, ou seja, os dispositivos utilizam transmissões de sinal wireless e diversos tipos e subtipos de conexões para tal (explicamos mais sobre isso aqui).
Para estabelecer conexões podem ser usados drivers, chips, entre outros tipos de comunicação, variando de acordo com o que se pretende alcançar e a prioridade da empresa. Temos de lembrar que quase não há limites quando se fala do potencial do M2M e há ainda muito a ser descoberto e desenvolvido.
Antes de explicar a diferença entre ambos, é válido lembrar que há literatura que considera o M2M um subtipo e tópico pertencente a IoT, enquanto outros entendem como dois assuntos distintos.
Para compararmos ambas, podemos dizer que o M2M respeita certos comandos e procedimentos automáticos, com pouca ou nenhuma interação humana no processo.
Já a IoT, a internet das coisas, normalmente inclui o manuseio humano no processo, e gera informações que são transmitidas ou armazenadas na nuvem, ao invés de realizar troca de informações diretamente com outras máquinas.
A IoT é um universo muito amplo com muitas possibilidades de conexões e tecnologias a serem exploradas, enquanto o M2M pode ser encarado como um assunto com um menor escopo de possibilidades (pois como afirmamos, alguns experts consideram o M2M uma tecnologia ou tipo de comunicação de IoT).
Uma das maiores vantagens do M2M é a melhoria significativa na eficiência operacional.
Ao conectar dispositivos e permitir a comunicação contínua entre eles, as empresas podem otimizar processos, reduzir erros e, consequentemente, aumentar a eficiência de suas operações.
Além disso, o M2M oferece a capacidade de reduzir custos operacionais substanciais. Ao automatizar tarefas e processos que antes exigiam intervenção humana, as empresas podem economizar recursos valiosos e minimizar o desperdício.
Podemos citar diversos outros motivos para fazer com que o M2M chame a atenção de diversas empresas e setores do mercado, tais como:
Possibilidade de expansão em escala: A conectividade M2M em muitos casos é mais econômica e menos complexa que outros tipos de tecnologias, o que facilita a criação e desenvolvimento de grandes projetos de M2M ou IoT;
Não existe um setor específico que use o M2M, sendo essa tecnologia passível de uso em qualquer setor, mercado ou vertical.
Claro que há um maior uso no setor industrial, mas o setor agropecuário e de serviços se beneficiam diariamente das tecnologias de M2M.
Todos os anos são desenvolvidas diversas tecnologias que ganham espaço nos mais diversos setores, como por exemplo no mercado financeiro e de banking, onde são exploradas tecnologias para coletar informações dos usuários e assim melhorar o serviço de aplicativos e bancos digitais.
Para saber mais sobre as aplicações de M2M no campo, falamos neste artigo sobre o Smart Farm.
A conexão M2M funciona essencialmente como uma rede de comunicação dedicada que permite que esses dispositivos compartilhem informações de maneira autônoma, sem a necessidade de intervenção humana direta.
O funcionamento de uma conexão M2M pode ser explicado em quatro aspectos fundamentais.
Primeiramente, a infraestrutura de comunicação é um elemento chave. Isso envolve a escolha de tecnologias de comunicação adequadas, como redes celulares, redes de satélites, redes LPWAN (Low Power Wide Area Network), ou até mesmo a Internet, dependendo dos requisitos específicos da aplicação.
Essa escolha determinará como os dispositivos se comunicarão entre si e com sistemas de gerenciamento.
Em segundo lugar, temos a integração de sensores e dispositivos. Cada dispositivo M2M é equipado com sensores e atuadores que coletam informações relevantes ou executam tarefas específicas.
O terceiro aspecto é o gerenciamento de dados. Os dados coletados pelos dispositivos M2M são transmitidos por meio da conexão escolhida e, em seguida, são armazenados, processados e analisados em um servidor central ou em uma nuvem.
Isso permite a monitorização em tempo real e a análise de dados históricos, que podem ser usados para melhorar a eficiência operacional e apoiar a tomada de decisões informadas.
Os chamados “Chips M2M” nada mais são do que os chips ou SIM cards convencionais que são configurados para o uso em dispositivos e máquinas.
Temos um artigo que fala exatamente sobre a diferença entre o SIM card comum e o que é chamado de chip M2M no mercado.
O protocolo de comunicação é um conjunto de regras e padrões que compõe uma espécie de “linguagem universal” entre dispositivos, propiciando a comunicação, conexão ou transferência de dados entre quaisquer máquinas conectadas à internet ou a uma rede de dados.
Quando o assunto é M2M existem 8 protocolos que são mais conhecidos e usados mundialmente. Tais protocolos são:
Normalmente os custos associados à implementação de tecnologias M2M se aderem a estas esferas:
A maioria dos casos de uso mostram projetos mais arrojados e até ousados, que são projetos como as smart cities, onde diversos dispositivos e objetos se comunicam e transmitem dados e informações entre eles.
Há também inúmeros cases de sucesso no mercado de rastreamento e localização, onde objetos em movimento precisam estar enviando dados para centrais de controle – como é o caso de empresas que trabalham com segurança e monitoramento de ativos.
Também podemos citar como exemplo de casos de uso a área da saúde, automação industrial e o setor de Utilities.
A privacidade de dados é uma preocupação crítica em sistemas M2M, uma vez que esses sistemas envolvem a coleta, transmissão e armazenamento de dados que podem ser sensíveis ou pessoais.
Uma vez que uma empresa trabalha com esse tipo de dados, ela pode responder por vazamentos e eventuais problemas de mal uso com essas informações sensíveis. Sendo assim, os dispositivos M2M normalmente contam com atualizações e softwares que dão suporte na segurança dos dados.
É comum existir um analista ou técnico (dentro da empresa ou contratado de um terceiro) que trabalhe especificamente com criptografia, controle de acesso, cloud, gestão e armazenamento adequado para tais dados e informações.
Uma empresa interessada em chips M2M deve conversar com empresas especializadas como a Lyra M2M, assim ela poderá saber qual o melhor chip para seu projeto e empresa.
Realizar a compra desses chips sem consultar empresas especializadas pode resultar em problemas como pacotes de dados insuficientes ou demasiado grandes para o uso efetivo de cada dispositivo.
Diversas empresas e Telecons do mercado possuem chips especiais voltados para o uso de dispositivos de IoT e automações industriais. Todavia, o melhor chip e melhor “bandeira” é uma pergunta que deve considerar a região de operação e uso desse chip.
Isso porque certos chips possuem melhor cobertura em certos municípios e áreas se comparados a outros. Mais uma vez, recomendamos que seja feita uma breve análise com um especialista no assunto, podendo verificar qual será o melhor chip e pacote de acordo com a área de seu interesse.
A principal diferença entre a comunicação M2M via satélite e celular está na forma como os dados são transmitidos.
A comunicação via satélite é global e funciona em qualquer lugar, mas tem latência mais alta e custos iniciais elevados. Por outro lado, a comunicação celular varia em cobertura, tem latência mais baixa e custos iniciais mais baixos, mas pode não estar disponível em áreas remotas.
A escolha depende das necessidades específicas da aplicação e do alcance geográfico desejado.
No caso da gestão de frotas e ativos, ele permite o uso de diversos softwares e programas de localização geográfica e de rastreamento. Seguradoras já utilizam essas tecnologias para melhorar a segurança de carros e de outros ativos de alto valor.
Sensores M2M podem coletar dados em tempo real sobre o estado mecânico dos veículos. Isso possibilita a manutenção preditiva, identificando problemas antes que ocorram falhas graves e reduzindo o tempo de inatividade não planejado.
A latência tem um impacto significativo nas aplicações M2M em tempo real, pois afeta a eficiência e a capacidade de resposta desses sistemas.
Muitas áreas e atividades críticas podem se beneficiar de baixas latências, assim como podem ter problemas graves quando a latência apresenta algum erro ou defeito.
Abaixo, temos alguns exemplos de como a latência pode influenciar as aplicações M2M em tempo real:
O M2M hoje já dá suporte no gerenciamento e armazenamento de dados, comunicação contínua entre dispositivos, acesso remoto (principalmente em áreas de difícil acesso ou locais mais afastados e sem acesso a boa conectividade), manutenção preditiva e controle inteligente de múltiplos componentes e sensores industriais.
Os principais desafios de segurança em sistemas M2M estão relacionados a autenticação, confidencialidade e integridade dos dados.
Por se tratar de tecnologias de transmissão de dados, que muitas vezes são sigilosos ou contam com informações sensíveis de usuários, as empresas devem tomar conta para que não haja intercepção ou vazamento desses dados.
Da mesma forma, a questão da autenticação se torna crucial para impedir acessos ilegais e não autorizados na rede M2M, tornando necessário métodos de criptografia e outros meios técnicos de segurança para proteger dados e informações da empresa e de usuários.
Outros grandes desafios de segurança são os ataques de repetição e os ataques de “negativa de serviço (DoS)”, que devem estar no radar de quem opera dispositivos na nuvem e que utilizam conexão com a rede móvel (3G, 4G, etc).
A interoperabilidade é uma consideração importante ao conectar dispositivos M2M de diferentes fabricantes, uma vez que esses dispositivos muitas vezes precisam funcionar em conjunto de maneira eficiente para fornecer funcionalidade abrangente.
Abaixo estão algumas das principais considerações de interoperabilidade ao conectar dispositivos M2M de fabricantes diferentes:
Independente das tecnologias e marcas a serem escolhidas para uma frota, a empresa deve realizar testes de compatibilidade entre os dispositivos, e recorrer em certos casos ao suporte do usuário ou a ajuda técnica quando há problemas que não estão com soluções visíveis para a empresa.
Diversas tecnologias e novos produtos relacionados ao M2M são criados todos os dias pelo mundo, e passam por diversas etapas que vão desde os primeiros testes até o produto final que chega nas prateleiras.
Ao longo desse e de outros artigos aqui no Blog a Lyra já apresentamos diversas novas tendências que estão surgindo nesse mercado de conectividade. Tais novidades não se limitam apenas a uma indústria ou área, mas abrange todo o mercado, atendendo tanto a área industrial, rural e até o setor de serviços, como bancos e lojas físicas.
Essas novas tendências de M2M vão revolucionar a maneira com que as pessoas recebem e experimentam os serviços das empresas, uma vez que a conexão e usabilidade serão muito melhores. Como exemplo de novos produtos e funcionalidades de M2M e IoT no mercado podemos citar o Smart Parking, que traz um novo conceito para estacionamentos e utilização de espaços públicos e privados nas grandes cidades.
Outras tendências estão começando a surgir graças à adoção do 5G em várias regiões do mundo, que poderão contar com uma latência muito menor do que era praticado antes no mercado.
Mantenha-se atualizado com as últimas novidades sobre o universo de M2M e IoT.
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