Tecnologia

O M2M vai precisar das redes 4G e 5G?

Por Lyra M2M • 22 de maio de 2023

O M2M (Machine to machine), normalmente utiliza frequências relacionadas ao 2G e ao 3G, pois eram as faixas de frequência mais comuns pelo mundo quando essa tecnologia começou a aparecer no mercado.

O 2G surgiu no Brasil em meados de 1990, mas se tornou popular 15 anos depois com a utilização dessa banda pelas indústrias de meios de pagamento e somente em 2007 surgiu o 3G.

Naquele tempo, existia uma preocupação quanto à saturação dessas faixas, que eram compartilhadas com a grande maioria dos smartphones daquela época.

Porém, como já sabemos, os aparelhos celulares foram aos poucos deixando o 2G e o 3G para usarem redes mais potentes, como é o caso do 4G no Brasil, o que deixou mais espaço para o M2M de baixa frequência.

Isso seria uma boa notícia para o mercado M2M? Não necessariamente.

As operadoras não pretendem manter múltiplas frequências por longos períodos em função da multiplicação dos custos de manutenção e operação. Portanto, o mercado deve se movimentar a médio prazo para descontinuar o fornecimento de coberturas 2G e 3G.

Dessa forma, não há como saber por quanto tempo o mercado terá acesso às redes mais antigas.

Será que os aparelhos e tecnologias já existentes ficarão obsoletos com a propagação do 4G e 5G ?

Vamos responder essas e algumas outras perguntas que podem explicar melhor como será o cenário do universo do M2M e da IoT (Internet of Things) daqui para frente.

Qual o impacto do 4G e do 5G nas tecnologias M2M?

Essa é uma pergunta muito comum de quem trabalha com tecnologias que utilizam chips e conexões M2M.

A evolução em telecomunicações trouxe novas gerações de conectividade de redes móveis, como o 4G e o 5G, mas nem todas as aplicações do M2M precisam delas tão cedo e, assim, podem ficar com mais exclusividade nas faixas de rede mais antigas, como o 2G (majoritariamente ainda usado no M2M).

Ainda assim, em casos que há mudança de infraestrutura ou extinção de algum tipo de frequência em uma região, alguns aparelhos que utilizam o M2M conseguem se adaptar a novos sinais, graças à utilização de chips com capacidade de atualização e adoção do tipo de sinal em questão, mas a grande maioria dos equipamentos ainda sofre com essas mudanças, pois muitas vezes há necessidade de mudanças de hardware.

Mas em alguns casos, como em automações industriais e agrícolas, a migração para o 5G não é necessariamente vista com maus olhos, muito pelo contrário uma vez que a automação de máquinas não é possível nas gerações mais antigas (devido a baixa latência), além de possibilitar envios de dados e imagens de forma muito mais rápida e com muito mais qualidade.

Atualizações de softwares e firmwares podem ser a solução no médio prazo

O que foi feito até o momento, quando falamos do M2M em uso, sempre foi adaptação e reutilização das gerações de internet móvel mais antigas, como o 2G.

Normalmente, aparelhos mais antigos não conseguem funcionar com outras frequências e são necessários investimentos para atualizações em softwares ou nos firmwares (upgrade no modem de fábrica) das máquinas que usam M2M.

Dessa forma, uma empresa não precisa, necessariamente, mudar a infraestrutura ou investir em novos aparelhos, mas sempre terá que investir de alguma forma na modernização de seu parque.

Qual a diferença entre IoT e M2M?

Para o assunto ficar mais claro, será necessário explicarmos a diferença entre ambos.

A internet das coisas (IOT) é um “movimento” na tecnologia onde diversos objetos e aparelhos se tornam conectados e integrados com a internet, o que torna possível a geração e armazenamento de dados de diversos dispositivos pelo planeta.

Já o M2M é apenas um item ou conceito que pertence ao mundo da IoT, que são conexões voltadas ao mercado e a indústria, onde o monitoramento e a necessidade de envio de informações básicas e de rotina são bem comuns.

Um exemplo disso é a telemetria e o Smart Farming, onde dispositivos diversos podem ser controlados e monitorados mesmo a distância.

Podemos dizer que o conceito da IoT é muito abrangente pois, além de envolver aparelhos a máquinas industriais, ela envolve a sociedade e as pessoas como um todo, por exemplo, as tecnologias vestíveis (ex: smart watch – relógios conectados) e as novas tecnologias relacionadas à saúde.

Avanços na conectividade podem popularizar a IoT

Para concluirmos o assunto do impacto do 4G e do 5G no M2M, temos que reconhecer que a popularização de novas tecnologias vão deixar em evidência a IoT.

A consequência disso será um aumento na demanda de projetos e ideias que envolvam a utilização não apenas dos dispositivos e softwares de IoT, como também de soluções de machine to machine.

Funções básicas e operacionais de hoje, que utilizam redes menos velozes, poderão com o tempo adotarem tecnologias e processos que vão demandar mais velocidade.

Como falamos antes, no médio prazo (digamos, nos próximos 5 ou 6 anos) as tecnologias e chips utilizados poderão se adaptar por meio de atualizações e procedimentos parecidos.

Mas com o tempo, será necessário a troca de chips ou até eventuais trocas de aparelhos para a utilização do 5G, e quem sabe um dia, de um 6G.


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