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Chip Multioperadora: Quais suas vantagens e características?

Por Lyra M2M • 22 de maio de 2025

Aplicações e serviços M2M normalmente utilizam chips (SIM Cards) habilitados localmente.

Se um chip está restrito a uma única operadora e um único contrato, unidades de aparelhos e dispositivos podem ter interferências e perdas de sinal constantes.

Isso implica alguns problemas quando pensamos em serviços móveis ou em áreas com sinal fraco ou bastante oscilante de certas operadoras.

Mas agora agora há uma saída, que é a possibilidade de um único chip servir e operar com múltiplas bandeiras, que é o Chip Multioperadora.

Um chip multioperadora pode ser extremamente útil para evitar a desconexão do dispositivo, além de evitar os altos custos de roaming de dados – principalmente quando pensamos em dispositivos móveis que rodam no exterior, como rastreadores.

Para explicar em mais detalhes e trazer uma abordagem facilitada aos nossos leitores, viemos trazer as dúvidas mais comuns em um “perguntas frequentes” sobre os chips multioperadora, também conhecidos como “Multi-IMSI”.

Vamos começar?

1) O que é um Chip Multioperadora?

Um chip multioperadora, também conhecido como chip multi-IMSI, é um cartão SIM desenvolvido para se conectar a diversas redes de operadoras móveis, utilizando múltiplas identidades de assinante (IMSIs) embarcadas no próprio chip.

Ele é especialmente projetado para empresas e serviços que precisam de alta disponibilidade de conectividade, como dispositivos de Internet das Coisas (IoT), máquinas em campo e sistemas que operam em ambientes com cobertura de rede variável ou instáveis.

Ao contrário de um chip tradicional, vinculado a uma única operadora, o chip multioperadora consegue autenticar-se em diferentes redes conforme necessário, sempre buscando a melhor qualidade de sinal disponível no momento e na região.

No contexto corporativo, esses chips são utilizados em setores como logística, segurança, rastreamento veicular, agronegócio, mobilidade urbana e monitoramento remoto.

Por exemplo, uma empresa de transporte pode instalar chips multioperadora em seus rastreadores para garantir comunicação constante em todo o território nacional, e até mesmo uma cobertura internacional em certos casos (sugerimos falar com nossos especialistas se for seu caso).

Além disso, empresas que operam em áreas rurais, estradas ou regiões de difícil acesso encontram nesses chips uma solução eficaz para evitar pontos de falha de comunicação.

Em vez de negociar contratos separados com várias operadoras e lidar com diferentes plataformas de suporte, a empresa contrata um único fornecedor de conectividade, como a Lyra M2M, que integra e gerencia as conexões em uma plataforma centralizada, muitas vezes com dashboards em tempo real, APIs e suporte técnico especializado.

chip multioperadora

 

2) O que é IMSI?

Um IMSI (International Mobile Subscriber Identity) é um código único gerado e armazenado no SIM card, que identifica todos os assinantes de telefonia móvel em qualquer rede global.

O número é armazenado no próprio cartão SIM e não é movido ou alterado quando esse número de celular é transferido para um cartão SIM diferente.

Ele funciona como um código numérico, composto por três componentes principais: o Código Móvel do País (MCC), o Código da Rede Móvel (MNC) e o Número de identificação do Assinante Móvel (MSIN).

Servindo como um identificador único, o IMSI desempenha um papel importante na distinção e autenticação de assinantes móveis dentro de uma rede de telecomunicações, fazendo com que cada código seja diferenciado dos demais.

3) Quais as maiores vantagens do chip multioperadora

O chip multioperadora oferece uma série de vantagens estratégicas para empresas que dependem de conectividade móvel constante, especialmente em projetos IoT.

A principal vantagem está na confiabilidade da conexão. Como o chip pode se autenticar em mais de uma operadora, ele tem a capacidade de escolher automaticamente a rede com o melhor sinal disponível no local onde o dispositivo está operando.

Isso reduz o tempo de inatividade (downtime) das unidades em campo, permitindo a continuidade de aparelhos que precisam estar conectados o tempo todo.

Portanto, com o chip multioperadora, alguns riscos são mitigados porque o sistema tem a capacidade de reagir automaticamente à falha de uma operadora, conectando-se a uma rede alternativa.

Ao optar por um chip multioperadora, a empresa lida com um único contrato (falamos da fatura única neste texto), um único ponto de suporte e uma única plataforma para monitoramento e controle das linhas, mesmo que os dispositivos estejam conectados a diferentes redes.

Isso simplifica a operação, facilita a escalabilidade e melhora o controle de custos e consumo de dados.

Há também vantagens em negociação e performance técnica.

O chip multioperadora geralmente opera com redes em modo “nativo”, e não apenas por roaming, o que garante maior velocidade de conexão, menor latência e maior estabilidade — características essenciais em aplicações de telemetria e tempo real.

4) O chip muda de operadora automaticamente?

Sim. No caso de chips IoT corporativos com tecnologia multioperadora, a troca de operadora é feita de forma automática, inteligente e transparente para o dispositivo.

Esse tipo de chip possui múltiplos perfis IMSI (Identidade Internacional de Assinante Móvel), que são usados para se autenticar em diferentes redes de operadoras parceiras.

Quando o dispositivo é ligado ou quando há perda de sinal, o chip realiza uma varredura nas redes disponíveis e seleciona a operadora com o melhor sinal ou melhor qualidade de serviço, de acordo com critérios pré-definidos.

A troca de operadora não exige intervenção manual e ocorre de forma silenciosa no background.

Em alguns casos, é possível definir prioridades de rede ou bloquear determinadas operadoras, conforme a política da empresa ou os requisitos do projeto.

É importante destacar que essa inteligência de troca automática está embutida no chip e também depende do sistema de gerenciamento da conectividade oferecido pela fornecedora do SIM, que pode aplicar lógicas avançadas de fallback, monitoramento de sessão e gestão de rede em tempo real.

5) O chip multioperadora é mais caro que um chip comum?

Depende do plano e do uso. O chip em si pode ser um pouco mais caro, mas o custo-benefício compensa em casos onde a conectividade constante é essencial à operação.

A mensalidade pode variar de R$10,00 para pacotes de dados bem pequenos, para chips que precisam usar mais de um gigabyte mensalmente, o que torna sua mensalidade mais cara.

Mas note que os planos são adaptados de acordo com o pacote de dados e tipo de uso do chip multioperadora, o que é definido diretamente com o fornecedor.

Para mais informações sobre preços e planos de chips multioperadora, recomendamos que entre em contato com nossa equipe.

6) Qual a diferença entre chip multioperadora e eSIM?

A principal diferença está na forma como armazenam e gerenciam os perfis de operadora e na infraestrutura necessária para sua operação.

O chip multioperadora é um SIM card físico tradicional, mas com uma diferença fundamental: ele contém múltiplos perfis IMSI já embarcados. Cada IMSI representa uma assinatura de rede de uma operadora diferente.

Assim, o chip pode trocar automaticamente de operadora conforme critérios como intensidade de sinal, disponibilidade de rede ou falha de conexão.

Já o eSIM (embedded SIM) é um chip embarcado diretamente no dispositivo, geralmente soldado na placa (em formato MFF2) ou integrado ao hardware, e não removível.

Em vez de armazenar vários perfis fisicamente, ele permite o download remoto de perfis de operadora via uma tecnologia chamada Remote SIM Provisioning (RSP), baseada em padrões da GSMA.

Isso significa que os perfis podem ser atualizados, trocados ou apagados remotamente, sem necessidade de intervenção física no dispositivo. Na prática, a principal vantagem do eSIM está na gestão remota e no design compacto.

Por outro lado, o chip multioperadora tem uma vantagem importante em simplicidade operacional e cobertura imediata.

Ele já vem pronto para uso com múltiplas redes ativas, funcionando “out-of-the-box” sem necessidade de baixar perfis ou negociar acordos com várias operadoras.

7) Posso usar o mesmo chip multioperadora em diferentes países?

Depende do chip e do contrato firmado com a fornecedora.

Nem todos os chips multioperadora oferecem cobertura internacional por padrão.

Alguns contratos são limitados ao território nacional, utilizando redes locais, enquanto outros incluem acordos com operadoras estrangeiras, possibilitando o uso do mesmo chip em diversos países com roaming global ou acesso a redes locais em cada região.

Por isso, é fundamental alinhar a necessidade de cobertura internacional no momento da contratação.

Empresas como a Lyra M2M, por exemplo, disponibilizam chips multioperadora internacionais, com conectividade em dezenas ou centenas de países, utilizando múltiplas operadoras locais com troca automática de rede, ideal para dispositivos em circulação global, projetos logísticos internacionais ou equipamentos vendidos para outros mercados.

8) Como é feita a gestão de Chips Multioperadora em larga escala?

A gestão de chips multioperadora em larga escala é realizada por meio de plataformas especializadas de gerenciamento de conectividade, como é o caso da Lyra M2M.

Essas plataformas permitem que as empresas acompanhem, em tempo real, o status de cada linha ativa, visualizem o consumo de dados por dispositivo, controlem ativação e suspensão de chips e configurem alertas de uso.

Em projetos com centenas ou milhares de dispositivos, esse controle centralizado é essencial para garantir eficiência operacional, evitar surpresas na fatura e minimizar riscos de falha de comunicação.

Além disso, muitas dessas plataformas oferecem funcionalidades avançadas como agrupamento de chips por projeto, filtragem por geolocalização, integração com sistemas de billing, relatórios personalizados e dashboards com indicadores de desempenho da rede.

Há também suporte à configuração de APN dedicada, controle de roaming, definição de regras de fallback (como prioridade de operadora), além da possibilidade de automatizar ações com base em eventos — por exemplo, suspender uma linha automaticamente ao ultrapassar determinado limite de consumo.

Como escolher o melhor Chip IoT para minha empresa?

Você e sua equipe devem analisar qual será a utilização do chip, e assim entender se para você é melhor o chip multioperadora ou algum outro tipo de SIM card voltado a IoT.

Para uma aplicação IoT fixa ou que precisa unicamente de cobertura em locais específicos, o chip padrão pode ser a melhor opção, principalmente por permitir escolher a operadora que ofereça a melhor cobertura e os melhores planos de dados naquele local. Por outro lado, para operações de rastreamento de veículos ou gestão de frota, o chip multioperadora é mais vantajoso.

O ideal é ter uma análise de um especialista no assunto, que vai entender o tipo de planta e estratégia adequada para seu projeto, fazendo com que sua empresa não perca recursos e tempo por não realizarem um estudo prévio.

Então, se você já tem um projeto em mente e quer saber mais sobre as possibilidades de conectividade que a Lyra M2M tem para sua empresa, é só falar com nossa equipe.

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