O Edge Computing e seu impacto em soluções M2M
Por Lyra M2M • 2 de agosto de 2024
O blog da Lyra M2M mencionou em alguns artigos e matérias sobre o assunto de Edge Computing (computação de borda), sem termos nos dedicado exclusivamente ao assunto em alguma oportunidade.
O texto explora o papel do Edge Computing junto às soluções Machine-to-Machine (M2M) e como essa convergência está transformando a maneira como as tecnologias M2M impactam a economia.
Ao entender o que é a computação de borda, analisar o papel das tecnologias M2M na economia e explorar as oportunidades emergentes no mercado, poderemos vislumbrar um cenário inovador para o médio prazo, ficando prontos para usar isso em nosso favor nas indústrias.
O que é Edge Computing?
Edge Computing refere-se à prática de processar dados próximos à fonte de origem, em oposição ao modelo tradicional de processamento centralizado em nuvem.
Dispositivos e sensores de vários tipos acabam sendo usados em locais e regiões mais próximas dos usuários, o que reduz a latência, melhora a eficiência da largura de banda e fortalece a segurança ao minimizar a necessidade de transmissão de grandes volumes de dados para a nuvem.
No contexto do M2M, essa proximidade de processamento torna-se crucial para a agilidade e eficácia das comunicações entre dispositivos, uma vez que o processamento das informações se torna local (ao invés de uma informação viajar diversos quilômetros entre estados e países diferentes, os dados podem ser transmitidos e gerenciados no local).
Exemplo: Como é a arquitetura da rede de Edge Computing
Considere uma rede de sensores em uma fábrica inteligente (smart factory), onde máquinas interconectadas precisam comunicar dados em tempo real para otimizar a produção.
Nesse local, qualquer falha no uso de dados na nuvem poderia trazer prejuízos enormes e/ou a interrupção da operação. Para minimizar tais problemas, optaram por utilizar uma estrutura de edge no local e na região da fábrica. A estrutura dessa rede, portanto, pode incluir:
- Dispositivos de Borda (Edge Devices): Cada máquina na fábrica é equipada com dispositivos de borda, que são responsáveis por coletar dados locais e realizar processamento inicial. Esses dispositivos podem ser sensores, controladores industriais ou gateways M2M.
- Pontos de Agregação (Aggregation Points): Em locais estratégicos da fábrica, pontos de agregação recebem dados dos dispositivos de borda próximos e realizam um processamento intermediário. Isso reduz a carga na infraestrutura central e agiliza a análise de dados relevantes.
- Centro de processamento centralizado: Embora a descentralização seja uma característica chave do edge computing, ainda pode haver no local ou próximo a fábrica um centro de processamento centralizado para tarefas que exigem uma visão global da operação.
- Data center ou Data storage: Ainda que não seja uma obrigação, algumas empresas podem criar seus próprios data centers para armazenar e filtrar dados de suas operações. Do contrário, teriam que contar com empresas terceiras para armazenamento, backup e outras atividades rotineiras de infraestrutura e cuidado com dados.
Até aqui foi falado sobre o edge e como ele funciona na prática. Nos tópicos seguintes vamos associar ele a outros temas, como as oportunidades na indústria, novos tipos de plataformas e softwares e como aproveitar essa tendência em favor do seu negócio.
O papel das tecnologias M2M na economia
Depois de explicarmos o que é e para que servem as estruturas de Edge, vamos falar brevemente sobre o M2M, ou machine to machine.
Hoje, as tecnologias M2M automatizam a comunicação entre dispositivos, coletando dados em tempo real e possibilitando a tomada de decisões mais inteligentes.
Setores como manufatura, saúde, logística e agricultura têm se beneficiado significativamente da integração de soluções M2M, resultando em maior eficiência operacional e otimização de recursos.
O foco do M2M costuma ser soluções inteligentes para diversos tipos de negócios, onde dispositivos e máquinas começam a funcionar (trocar informações) de maneira semi-autônoma e contínua.
Porém, em meio a esse cenário existem alguns desafios de conectividade e estabilidade de rede. Certas localidades não conseguem trazer a disponibilidade de internet ou de processamento necessário para que esses dispositivos funcionem de forma devida e otimizada.
Por isso, muitas vezes é necessário o suporte de empresas que possam ajudar a melhorar a conectividade entre tais dispositivos, que é o caso das soluções da Lyra M2M.
No tópico a seguir, vamos explorar um pouco sobre como o Edge Computing pode mudar esse cenário, trazendo novas possibilidades ao uso de tecnologias M2M.
Associando o impacto do Edge Computing ao M2M
Ao integrar o edge computing com soluções M2M, é criado um ambiente mais dinâmico e responsivo.
A capacidade de processar dados na borda da rede proporciona respostas mais rápidas e eficientes, tornando as aplicações M2M mais ágeis. Além disso, a descentralização do processamento reduz a sobrecarga na infraestrutura de rede, resultando em um sistema mais robusto e confiável.
Empresas que optam por tais estruturas percebem em pouco tempo o retorno sobre o investimento feito em componentes de edge, assim como plataformas/softwares que ajudam no processo.
O mesmo vale para cidades e órgãos governamentais que investem em projetos de smart cities.
Imagine um sistema de monitoramento em tempo real em uma frota de veículos autônomos. Ao integrar o Edge Computing, os dispositivos de borda podem processar dados localmente, reduzindo a necessidade de transmitir grandes volumes de informações para a nuvem – que normalmente ficam bem distantes do ponto de coleta.
Isso não apenas diminui a latência, mas também alivia a carga na infraestrutura de rede, resultando em uma comunicação mais rápida e eficiente, o que diminui o número de possíveis acidentes ou de lentidão em certos tipos de máquinas e dispositivos.
Redução de custos e otimização de recursos
No setor industrial, a integração do edge com o M2M pode resultar em uma significativa redução de custos operacionais.
Considere uma linha de produção onde sensores M2M monitoram o desempenho das máquinas. Com o Edge Computing, as análises locais identificam rapidamente falhas potenciais, permitindo a intervenção imediata.
Isso não apenas evita paradas desnecessárias, mas também reduz a necessidade de transmissões constantes de dados para a nuvem, economizando largura de banda e custos associados.
Algumas oportunidades no mercado de M2M para o médio prazo
Nem tudo que se refere a edge computing e M2M já foi ou é 100% aproveitado e otimizado no mercado. Ainda há muito a ser desenvolvido em ambos temas.
A demanda por soluções M2M mais eficientes e rápidas impulsiona a inovação, especialmente em setores como cidades inteligentes (o setor “smart” como um todo), manufatura e da saúde conectada.
Empresas que exploram essas oportunidades têm o potencial de ganhar vantagem competitiva, principalmente ao abordarem possíveis novas tecnologias que utilizam o tempo de resposta melhorado (menor latência) da computação de borda.
A agricultura de precisão e as smart farms são uma outra área em crescimento, e a combinação de Edge Computing com M2M pode revolucionar a gestão nesses locais mais remotos.
Sensores podem coletar dados sobre solo, clima e culturas, enquanto a arquitetura de edge permite análises locais para otimizar o uso de recursos, como irrigação, fertilizantes e até mesmo de máquinas diversas no local, como drones.
O mesmo ocorre no mundo dos softwares e aplicativos, que já contam com empresas especializadas em criar plataformas que associam o M2M a diversas necessidades do mercado. Temos um artigo que fala dessas plataformas aqui.
Conclusão
Existem hoje no mercado diversas possibilidades de conectividade e uso de M2M ainda pouco exploradas na economia.
Nós da Lyra M2M sabemos que esse mercado está em expansão e que merece a sua atenção o quanto antes.
Venha descobrir com nossa equipe de especialistas como nossas soluções podem contribuir para sua arquitetura de conectividade e uso de tecnologias M2M e de IoT.
