A Internet das Coisas, normalmente abreviada como IoT (Internet of things), vem criando muito debate e muitas oportunidades em diversas indústrias.
Isso faz com que empresários, engenheiros e investidores fiquem curiosos sobre as mudanças que ocorrem nesse mercado e como elas afetam suas próprias empresas.
Dentro desse assunto de IoT, algo sobre as tecnologias que são usadas pode parecer ainda pouco explorado: o que difere o LTE-M (Cat-M1) do NB-IoT?
Ambas as conexões aparentam servir indústrias e tecnologias parecidas, e isso causa um pouco de confusão para aqueles que começam a estudar sobre o assunto ou, principalmente, aqueles que estão em dúvida sobre em qual tipo de tecnologia investir.
Portanto, o tema de hoje é uma discussão importante para aqueles que buscam entender melhor como trabalhar com IoT e como viabilizar essas diversas tecnologias em suas empresas.
Tanto o LTE-M quanto o NB-IoT são tecnologias de baixa complexidade que atendem a setores diversos, tais como o agronegócio e indústrias que utilizam automação.
Graças ao baixo custo e baixo consumo de bateria, essas conexões podem viabilizar projetos de IoT que seriam inviáveis usando conexões/infraestruturas como EDGE ou 4G.
Além disso, essas tecnologias possuem a vantagem de utilizarem a mesma infraestrutura de 4G espalhada pelas cidades ao redor do mundo, fazendo com que não haja necessidade de implementar outras redes ou maquinário que viabilize seu funcionamento.
Mas já que são tão parecidas e aparentam fazer as mesmas coisas, o que difere ambas as tecnologias de conectividade quando temos que usá-las na prática?
A primeira diferença entre elas está na largura de banda. O NB-IoT utiliza uma largura de banda muito estreita, aproximadamente 200 kHz, o que o torna eficiente em termos de espectro e permite um maior número de dispositivos conectados em uma área limitada.
Por outro lado, o LTE-M utiliza uma largura de banda mais ampla, até 1.4 MHz, permitindo taxas de dados mais altas em comparação com o NB-IoT.
Em termos de taxa de dados, o NB-IoT oferece taxas mais baixas, tipicamente na faixa de 100 kbps, ideal para aplicações que requerem transmissão de pequenas quantidades de dados de forma infrequente.
Já o LTE-M oferece taxas de dados mais altas, podendo alcançar até 1 Mbps, o que o torna mais adequado para aplicações que precisam de maior largura de banda, como atualizações de firmware e voz sobre LTE (VoLTE).
A latência é outra área de diferença. O NB-IoT tem uma latência maior, geralmente variando entre 1.5 a 10 segundos, sendo adequado para aplicações que podem tolerar um atraso na comunicação.
Em contraste, o LTE-M oferece uma latência menor, próxima de 100 a 150 ms, permitindo uma comunicação mais rápida e eficiente.
No que diz respeito ao consumo de energia, o NB-IoT é projetado para consumir menos energia, permitindo que dispositivos operem por vários anos com uma única bateria.
Isso é ideal para sensores e dispositivos que precisam operar por longos períodos sem intervenção.
O LTE-M também é eficiente em termos de energia, mas seu consumo é um pouco maior do que o do NB-IoT devido às suas maiores capacidades de dados.
A mobilidade também difere entre as duas tecnologias. O NB-IoT não foi projetado para suportar alta mobilidade, sendo mais adequado para dispositivos estacionários ou de baixa mobilidade.
O LTE-M, por sua vez, suporta mobilidade total e é capaz de lidar com handovers (troca de torres de celular) de maneira eficiente, sendo ideal para dispositivos em movimento, como veículos.
Quando estamos falando de troca contínua de dados, principalmente com aparelhos e máquinas que estão em constante movimento, o LTE-M se mostra ideal.
Dessa forma, quando não pode haver atrasos na troca de dados, sua velocidade é mais confiável para o projeto de IoT em questão.
A abrangência do LTE-M é maior, com uma cobertura de sinal maior que o NB-IoT. Ele também se destaca pelo seu grande alcance: essa rede consegue conectar dispositivos que estão a 100 quilômetros de distância!
Outro detalhe importante é que quando há necessidade de troca de transmissão de voz (exemplo VoLTE ou Voice Over LTE), o LTE-M é o único tipo de conexão que poderá atender ao seu projeto ou aparelho conectado.
Abaixo, é possível ver um pouco como essas 2 tecnologias de conexão se diferem entre si:
Agora chegou a vez de falar um pouco do NB-IoT.
Quando comparado ao LTE-M, os custos de implementação e manutenção são menores, o que pode viabilizar grandes projetos industriais e urbanos (smart cities).
Além disso, a taxa de resposta em dispositivos fixos e de baixa complexidade pode ser maior, uma vez que essa tecnologia consegue lidar um pouco melhor com interferências.
Isso ocorre pelo fato de seu sinal ter bandas de transmissão mais estreitas, como o próprio nome implica (narrow band). Assim, seu sinal pode funcionar mesmo com diversas camadas de interferência, como paredes e edifícios, viabilizando a conexão em locais abaixo do subsolo.
Aqui estão as principais ideias que você deverá ter após essa leitura:
Leia também: O impacto das redes 4G e 5G no M2M
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