Tecnologia

As operadoras fabricam os próprios chips de celular?

Por Lyra M2M • 15 de maio de 2023

As empresas de Telecom são bem famosas no mundo. No Brasil, elas fazem parte das maiores empresas do país, e chegam a movimentar bilhões de reais todos os anos.

Em 2023, o setor de telecomunicações no Brasil registrou uma receita bruta de aproximadamente R$ 279,4 bilhões.

Apesar dessa grande movimentação financeira, isso não significa que essas empresas fabricam seus próprios utensílios, como é o caso dos SIM cards, o que chamos de Chips de celular.

Normalmente são outras empresas que os produzem, o que acaba envolvendo processos de importação com outros países.

Se você quer saber mais sobre a produção desses chips e onde eles são feitos, o artigo de hoje é para você.

As operadoras fabricam seus próprios chips?

Como as pessoas escutam muito falar sobre os chips das operadoras, elas pensam que são essas empresas que fabricam e criam os seus próprios chips de celular.

Porém, são outras empresas que os fabricam.

As operadoras apenas revendem esses chips, com seus respectivos logos e marcas. Essas empresas se especializam na distribuição do sinal nas cidades, e não necessariamente nos chips e tecnologias que utilizam no processo.

Tanto os chips de mobile, chips M2M e chips de computador, são fabricados por empresas especializadas em SIM cards ou semicondutores, e a grande maioria é asiática (mas não da China, como costumam pensar).

Também descobrimos que já existem fábricas de chips (SIM cards) no Brasil, e que, aos poucos, o país começa a inaugurar fábricas de tecnologias desse tipo.

Quais são os maiores fabricantes de chips SIM do mundo?

A maior produtora de chips de celular (SIM Card) no mundo é a Gemalto, localizada na Holanda. A empresa foi recentemente adquirida por outro grande player mundial, a Thales, uma empresa francesa.

Até o ano de sua compra, a Gemalto produzia um pouco mais de 2 bilhões de SIM cards anualmente, e o número pode ter subido desde então.

Outras grandes fabricantes de chips de smartphone são a Giesecke & Devrient, localizada em Munique, a Idemia e a Valid, que também possui produção no Brasil.

Mas onde as maiores empresas de chips (semicondutores) do mundo estão localizadas é em Taiwan e na Coreia do Sul.

Essas empresas asiáticas fabricam a maioria dos chips de computadores e processadores do mundo. Em alguns casos, também produzem SIM cards e componentes de celulares, como os cartões de memória.

Fábricas de chips também estão no Brasil

Não pense que 100% dos chips são importados hoje no Brasil. Uma parte deles, ainda tímida, é fabricada aqui no país.

Existem algumas empresas estrangeiras que contam com sedes e fábricas no Brasil. Uma dessas empresas é a norte-americana Qualcomm, que já produz chips de celular e chips M2M aqui no Brasil.

A Valid também é outra empresa nacional que conta com produção de chips SIM no Brasil.

A empresa é focada na produção de chips, cartões magnéticos (cartão de crédito) e hoje possui boa parte da produção voltada à biometria, como documentos de RG e CNH. A Valid também está focando seus esforços na produção de plataformas que operem via eSIM, que serão chips colocados dentro do aparelhos, e não serão removíveis.

Quando o assunto é chip de celular, a empresa possui 10% do market share mundial, que é um número importante para uma empresa nacional.

Outras empresas que também possuem produção no Brasil são: a Idemia, Thales e a Giesecke & Devrient.

Crise mundial dos chips pode incentivar produção nacional?

A pandemia do covid é ainda muito recente, e gerou grandes paralisações em fábricas asiáticas, além de dificuldades logísticas generalizadas pelo mundo.

Um dos setores que mais foi prejudicado foi o de tecnologia, pois os componentes que são utilizados em um computador ou smartphone, por exemplo, são de origens diversas no planeta.

Por isso, algumas empresas e marcas mundiais começaram a priorizar a fabricação de chips em locais alternativos, como no Brasil e países fora da Ásia.

Quando o assunto é fabricação de chips, também temos a questão da produção dos e SIM cards, que poderá alterar o foco das fabricantes de chips de smartphones nos próximos anos.

De qualquer forma, vemos que isso iniciou um possível plano B por parte de algumas fabricantes, que começaram a se preocupar com a produção local de componentes, facilitando a cadeia produtiva e distribuição dos chips das operadoras telefônicas pelo mundo.

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