Algo que pode ser um problema sério para as empresas que operam e usam dispositivos IoT é o uso e manuseio de chips (SIM cards) em suas operações.
O simples fato de ter que trocar de chips ou trocar de provedores quando há algum problema com o provedor gera uma grande dor de cabeça logística e operacional para essas empresas, que quanto mais dispositivos usam, maior é a dificuldade de fazer trocas e mudanças.
Uma “salvação” para esse tipo de cenário seria a adoção e maior utilização de eSIMs, que introduzem a possibilidade de trocar de provedores e bandeiras sem a obrigação de trocar de chips ou de fazer visitas presenciais.
Como já falado nesse artigo, o eSIM (embedded Subscriber Identity Module) é uma tecnologia que mudou o conceito de um SIM card convencional. Ele é integrado ao dispositivo móvel e armazena todas as informações do assinante, como número de telefone, plano de dados e informações de segurança.
E essa simples mudança tem o poder de mudar toda a dinâmica da IoT e de projetos que utilizam conexões móveis, como os quais sempre discutimos aqui no blog da Lyra.
Se você quer entender melhor como o eSIM impulsiona a IoT, seja nas grandes cidades ou em lugares remotos, então acompanhe o artigo até o fim.
A implementação de projetos de IoT pode envolver custos significativos, incluindo aquisição de dispositivos, infraestrutura de rede, software e de pessoas especializadas para gerenciar sua frota.
Podemos dizer que a proteção de dados (segurança cibernética), escalabilidade e investimento no projeto são os 3 pontos mais notados e discutidos pelas empresas que iniciam projetos de IoT.
E dentre eles, o eSIM pode ter uma contribuição notável tanto na escalabilidade quanto na redução de custos e manutenção de um parque instalado ao longo dos anos.
Isso se deve principalmente à facilidade de se trocar de operadoras remotamente por meio da plataforma de gestão de SIM cards.
De um lado, o fato do eSIM estar integrado em cada solução e dispositivo permite uma fácil troca ou atualização em escala de dispositivos.
Por exemplo, a empresa possui 2 mil dispositivos no Brasil, mas precisa mudar uma parte deles para uma telecom e a outra parte para outra operadora – isso seria mais fácil com o uso do eSIM.
Sempre que houver a necessidade de mudar ou adquirir contratos com as operadoras, não há custo de novos SIM cards envolvido no processo, uma vez que um mesmo chip é conectado virtualmente a uma empresa em específico.
Mas estas não são as únicas vantagens quando o assunto envolve IoT e o uso de eSIMs.
Os cartões SIM já facilitam o acesso a outras redes em outros países através de roaming, mas isso é controlado pelas operadoras. A empresa não pode escolher a qual rede vai se conectar e, além disso, o uso flexível das bandeiras pode impor altos custos de roaming (como foi falado neste artigo dos chips globais).
Como alternativa para minimizar os gastos das empresas que possuem dispositivos espalhados em vários países e regiões geográficas, o eSIM pode ser programado remotamente para captar redes locais, sem a necessidade de recorrer ao roaming.
Isso pode ocorrer quando o dispositivo é implantado ou instalado pela primeira vez, ou até mesmo anos depois da instalação, quando novas opções e planos locais estiverem disponíveis naquela região em específico.
Existe uma preocupação quanto a operação e qualidade do sinal dos aparelhos e dispositivos de nossos clientes.
Quando um chip não funciona ou começa a apresentar falhas, normalmente é enviado por correios (ou até mesmo por motoboy) um novo chip ao local.
Esse tipo de chamado ocorre para cerca de 20% dos dispositivos de uma empresa ao longo de um ano, o que é um número alarmante.
Porém, a ideia é que esse gasto de tempo e de recursos seja cortado com a adoção do eSIM, uma vez que essa troca de operadora é feita remotamente – além que a plataforma de gestão dos chips permite o reset de linha e outras funcionalidades que otimizam a administração de dispositivos conectados.
Hoje em dia, qualquer evento ou show deve se preocupar com conectividade, uma vez que há vários maquinas de pagamento ou até mesmo pontos de Wi-Fi espalhados pelo local.
Mas a grande maioria dos eventos duram apenas algumas horas, ou nem mesmo uma semana, e podem ser feiras e de modalidades que migram pelo continente.
Então, como fica o controle e gestão dos planos dos chips da empresa que promove o evento?
Com o eSIM, não há a necessidade de ter diversos chips ou ter que manusear fisicamente cada dispositivo conectado à rede móvel. Basta acessar a plataforma que gerencia todos dispositivos IoT e conectar ou desconectar os chips conforme sua necessidade.
Isso representa uma economia de tempo e de dinheiro considerável do ponto de vista das empresas que realizam feiras, exposições e shows ao ar livre, como o Rock in Rio e Lollapalooza.
Os eSIMs podem armazenar vários perfis que podem ser pré-carregados durante a produção, ou baixados via OTA (over the air) quando colocados para funcionar.
Isso significa que, durante o processo de fabricação de um dispositivo, um único SIM pode ser incorporado para que ele se conecte e baixe uma rede local em praticamente qualquer país do mundo.
Isso torna um dispositivo que inclui eSIM passível de ser usado em diversos mercados, não ficando refém de empresas e locais específicos – claro, levando em conta que as operadoras ou MVNO (mobile virtual network operator) locais já trabalhem ou dêem suporte ao eSIM.
Do lado dos fabricantes de chips, eles podem minimizar o número de unidades que ficam presentes em estoques ou na cadeia logística, uma vez que deixa de ser necessário ter diversos SIM cards para diversas marcas e diversas especificações para cada região.
Isso se deve ao fato de que o eSIM identifica remotamente e baixa o perfil designado para o país e região de onde ele está. Essa adaptação facilitada a redes locais simplifica a produção e a distribuição de chips pelo mundo e economiza nos custos de logística, fabricação e de estoque.
Leitura complementar: falamos de como criar projetos de IoT nesse artigo.
Imagine os diversos dispositivos que podem usar SIM cards no universo da IoT e do M2M (Machine to machine).
Muitos deles teriam o manuseio inviável em caso da necessidade de trocas de chips e atualizações, como é o caso de painéis de smart cars, patinetes eletrônicos (aqueles usados por apps de transporte) ou dispositivos de smart cities em geral.
A natureza fixa e manual dos chips tradicionais traz como consequência uma implementação e mudança de provedor bem onerosa , com procedimentos mais demorados e pouco flexíveis.
Porém, os eSIMs conseguem ser flexíveis e jamais estão condicionados somente a uma empresa ou Telecom.
Isso viabiliza projetos de IoT no longo prazo, uma vez que mesmo que passem anos ou décadas, tais dispositivos podem ser operados, atualizados e gerenciados de maneira totalmente remota, sem a necessidade de ter que abrir compartimentos ou desmontar aparelhos.
A tecnologia do eSIM ainda é um projeto/promessa em ação, que aos poucos começa a ser mais usado e discutido no mercado de tecnologia e conexão móvel em geral.
Tudo ainda depende muito da parte de hardware e das fabricantes, que aos poucos estão inserindo o eSIM em dispositivos como smartphones e outras tecnologias que utilizam hoje SIM cards.
A boa notícia é que a Lyra M2M agora possui projetos customizados de conectividade, incluindo um novo eSIM no mercado.
Nosso eSIM é um chip físico e não é vinculado a nenhuma operadora, e pode ser conectado a uma operadora de acordo com a região e qualidade de sinal local.
Para quem busca saber mais sobre projetos que envolvam o eSIM para um parque instalado ou projetos desde o início, basta procurar um de nossos consultores sobre o assunto.
Mantenha-se atualizado com as últimas novidades sobre o universo de M2M e IoT.
Assinada com sucesso
Copyright © M2M Lyra. - All rights reserved. - Política de Privacidade.