Tecnologia

RAN Sharing como possível caminho de economia nas Telecomunicações

Por Lyra M2M • 3 de setembro de 2025

O Compartilhamento de RAN (Radio Access Network Sharing) é uma prática estratégica adotada por operadoras de telecomunicações para compartilhar a infraestrutura das redes de acesso móvel.

Essa abordagem visa reduzir tanto o CAPEX (despesas de capital) quanto o OPEX (despesas operacionais) das empresas, proporcionando uma forma mais eficiente e econômica de expandir e operar redes móveis.

A IoT, que envolve a interconexão de dispositivos e sistemas, depende de uma infraestrutura de rede robusta e expansiva.

O RAN sharing surge como possível facilitador de expansão na área de tecnologia, permitindo que as operadoras ofereçam cobertura de rede mais ampla e estável, contribuindo também para a expansão de iniciativas de IoT.

Com a crescente necessidade de “conectar tudo e todos”, o papel do compartilhamento de RAN torna-se ainda mais relevante e matéria de interesse de alguns setores, que precisam estudar alternativas sustentáveis em um mundo onde se torna cada vez mais difícil não concorrer por espaço e frequências de sinal.

Por isso, abordaremos alguns assuntos relacionados ao RAN sharing e a sustentabilidade no setor de Telecomunicação em geral.

Como é normalmente feito o RAN Sharing?

O RAN Sharing (ou “compartilhamento de RAN”) é implementado através de diversas arquiteturas, sendo a mais simples a MORAN (Multi-Operator RAN), onde um único espaço (torre, antena, etc) é utilizado verticalmente por duas ou mais operadoras, cada uma com seu espectro dedicado.

Nesse modelo, as operadoras compartilham a infraestrutura física, mas mantêm suas próprias frequências de espectro e componentes de rede central.

Esse compartilhamento permite uma melhor utilização dos recursos disponíveis, principalmente de espaço físico, reduzindo custos operacionais e gasto de tempo (burocracias relacionadas a autorizações), especialmente em áreas onde a instalação de novas infraestruturas seria onerosa e complexa.

Quais os principais benefícios do RAN Sharing?

O compartilhamento de RAN proporciona uma série de benefícios para as operadoras de Telecom.

Primeiramente, ele otimiza a alocação de recursos e a eficiência da rede, permitindo que as operadoras utilizem melhor seus ativos, reduzindo a redundância e melhorando a eficiência geral da infraestrutura.

Além disso, minimiza a necessidade de extensas obras civis, como a construção de novas torres e sites, resultando em uma utilização mais eficiente dos espaços urbanos.

E claro, não podemos esquecer das questões documentárias que envolvem poder instalar uma antena em um município.

Esta questão é particularmente relevante em áreas densamente povoadas, onde a instalação de novas infraestruturas pode ser dispendiosa ou inviável em certas áreas (inexistência de espaço considerado ideal para instalação).

Outro benefício importante é a contribuição para a sustentabilidade. O compartilhamento de RAN promove o uso racional de energia, contribuindo na redução das emissões de carbono, da mesma forma que economiza em materiais diversos utilizados na construção de torres e antenas.

Ao compartilhar a infraestrutura, as operadoras podem reduzir significativamente seu consumo de energia, promovendo uma abordagem mais verde e sustentável para as operações de rede.

Como o RAN Sharing pode reduzir os custos de OPEX e CAPEX

O compartilhamento de RAN é uma prática que permite às operadoras de telecomunicações reduzir consideravelmente seus custos operacionais (OPEX) e de capital (CAPEX).

Estima-se que o compartilhamento de torres e sites pode permitir economias de aproximadamente 30% em CAPEX e OPEX. 

Além disso, o RAN Sharing propriamente dita pode poupar até 40% dos custos em comparação com o desenvolvimento não compartilhado.

Em termos de CAPEX e OPEX, as economias variam entre 25-40% para CAPEX e 20-30% para OPEX.

A magnitude da economia de CAPEX depende do número de operadoras envolvidas no compartilhamento, com estimativas recentes sugerindo que uma operadora pode economizar até 40% do CAPEX ao compartilhar sua infraestrutura.

Nos países emergentes, os custos de energia, construção civil e aquisição de sites representam quase 70% dos custos de CAPEX, e compartilhar a infraestrutura passiva pode ser uma escolha vantajosa para reduzir esses custos.

Portanto, o RAN Sharing permite uma otimização da alocação de recursos, redução de obras civis e melhor ocupação dos espaços urbanos, contribuindo para a sustentabilidade com o uso racional de energia e acelerando a expansão da cobertura e da rede móvel em geral.

O RAN Sharing no Brasil

No Brasil, o RAN Sharing vem ganhando força desde 2013, com acordos entre operadoras para complementar a cobertura em áreas rurais e urbanas.

A Vivo e a TIM compartilham a infraestrutura de RAN para 4G em 716 cidades, com cada uma fornecendo rede para a outra em cerca de 360 municípios.

Todavia, há debates no setor sobre o impacto do compartilhamento de RAN na entrada de novos players no mercado.

O CEO da Brisanet, por exemplo, acredita que o fim do RAN sharing entre grandes operadoras é essencial para permitir que novos competidores entrem no mercado, incentivando a inovação e a oferta de melhores serviços aos consumidores.

Como o RAN Sharing contribui para os projetos de IoT?

Ao facilitar a expansão rápida e eficiente da infraestrutura de rede, o RAN Sharing permite que as operadoras forneçam cobertura mais ampla e estável, essencial para suportar a conectividade dos dispositivos IoT.

Com uma rede mais abrangente se torna possível conectar uma variedade maior de dispositivos, desde eletrodomésticos inteligentes até veículos autônomos, impulsionando o crescimento do ecossistema IoT.

O compartilhamento de RAN permite uma implantação mais rápida de novas tecnologias de rede, como 5G, que são essenciais para suportar a crescente demanda por conectividade entre máquinas e dispositivos.

Com uma infraestrutura compartilhada, as operadoras podem escalar rapidamente suas redes para acomodar o aumento do número de dispositivos conectados, garantindo que a latência e a largura de banda necessárias para os serviços IoT estejam sempre disponíveis.

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