Possivelmente seu Smartphone tenha incluído em suas features a capacidade de usar o sinal 5G.
Mas nem todo brasileiro consegue usar hoje essa função.
Na realidade, apenas aqueles que moram nas grandes cidades, como São Paulo, estão usando o 5G – e detalhe, usando apenas em certos bairros e regiões, uma vez que o alcance ainda não está em 100% do mapa dessas capitais.
Isso tudo criou um debate na internet, e uma alegação curiosa: a de que o 5G vai demorar muito para funcionar no Brasil.
Será que isso é mesmo verdade?
Hoje, vamos explorar um pouco o assunto para entender quando e como o 5G vai começar a funcionar, e até quando ficaremos com o nosso 4.5G, que alguns especialistas batizaram de “falso 5G”.
Sim, no Brasil já foram leiloadas as faixas de frequência em quatro bandas para o 5G: 700 MHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz e 26 GHz.
A aquisição das frequências ocorre dessa forma, pois não podem haver duas empresas ou sinais ocupando uma mesma radiofrequência.
Da mesma forma, outros tipos de frequências e sinais não deixam de funcionar, desde que cada um funcione em sua banda específica.
Mas, agora que as faixas foram negociadas, as operadoras estão em uma fase de implementação, o que exige tempo e dinheiro. O primeiro passo são as grandes cidades; e, depois, em uma segunda fase, as cidades menores.
Veja a estimativa, segundo a Anatel, das capitais e cidades com até 500 mil habitantes:
Até a data da publicação deste artigo, não foram todas as capitais que tiveram a implementação do 5G, que ficou prevista para o final do ano.
O Brasil já conta com uma vasta infraestrutura de 3G e 4G espalhada pelo país, com exceção apenas de locais remotos.
O 5G, em tese, usa a mesma infraestrutura de antenas do 4G, sendo apenas acoplado a elas o equipamento do 5G, e, claro, exigindo updates de firmware.
No entanto, para que o 5G consiga ser eficiente ele acaba exigindo que sejam instaladas mais antenas, ou que sejam instalados mais replicadores no topo de prédios e postes.
Assim, as equipes técnicas e de engenharia das operadoras e empresas responsáveis precisam criar um projeto de implementação, que pode exigir um trabalho minucioso, mesmo quando já existe parte da infraestrutura na cidade ou região.
Desde 2020, temos no Brasil um pseudo 5G que funciona como uma atualização de software, que consegue o mesmo alcance do 4G, no entanto com velocidade até 12 vezes maior.
A ideia é que aos poucos o país vá implementando o tipo “standalone” (5G SA) que é mais potente, só que tem menor alcance – o que explica a necessidade de se instalar mais antenas, principalmente em regiões com mais de 30 mil habitantes.
Como o Brasil tem um território vasto e não sabemos de informações quanto a facilitações e parcerias das empresas de Telecom, a implementação do 5G vai depender do ritmo das empresas que compraram as frequências do 5G com a Anatel.
Mesmo com o edital do 5G da Anatel mostrando datas e previsões que terminam no ano de 2030, sabemos que projetos de infraestrutura no Brasil, normalmente, possuem atrasos. Com isso, é válido dizer que a implementação completa ainda pode levar de 8 a 12 anos em nosso país.
Nota final: O lançamento de novas tecnologias e novos editais nos próximos anos podem antecipar ou alterar esse cenário de adoção e implementação do 5G pelo Brasil.
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