Tecnologia

Como está o mercado do eSIM no Brasil?

Por Lyra M2M • 26 de junho de 2023

Novidades tecnológicas podem levar tempo para se firmarem no mercado, e o eSIM tem sido uma dessas novas promessas quando se trata de IoT (internet of things).

Menos novo do que você deve estar imaginando, o eSIM foi originalmente desenvolvido pela GSMA (Global System for Mobile Association), em 2012, e começou a ter seus primeiros casos de uso em automóveis, dispositivos domésticos inteligentes, smartphones, tablets e vestíveis (wearables).

A questão quanto ao suporte das operadoras, as preocupações com a longevidade e outros assuntos atenuaram a trajetória desse “novo chip” no mercado, fazendo com que o processo de adoção fosse um tanto “atrasado”.

Só que os especialistas afirmam que o eSIM está realmente em ascensão, e que é só questão de tempo para tomar o lugar dos chips SIM que estamos acostumados.

Neste texto, vamos entender o que é o eSIM, por que ele foi desenvolvido, os desafios que essa tecnologia procura alcançar, e quais as tendências no mercado brasileiro.

O que é eSIM?

O eSIM (embedded Subscriber Identity Module) é uma tecnologia que substitui o cartão SIM convencional. Ele é integrado ao dispositivo móvel e armazena todas as informações do assinante, como número de telefone, plano de dados e informações de segurança.

Com o eSIM, não é mais necessário remover o cartão SIM físico e substituí-lo por outro, o que torna a ativação de novos dispositivos móveis mais fácil e rápida.

Dessa forma, espera-se que, a partir de agora, dispositivos de IoT e smartphones já venham com o eSIM instalado internamente em seus hardwares ou placas internas.

Embora o eSIM ainda seja uma tecnologia relativamente nova, ela já está sendo amplamente adotada em muitos países, incluindo o Brasil. Hoje a própria Lyra M2M conta com essa solução em seu catálogo.

Quais as maiores vantagens de usar um eSIM?

Quais as maiores vantagens de usar um eSIM?

O eSIM traz diversas vantagens em relação aos cartões SIM convencionais.

Uma das principais é a possibilidade de mudar de operadora com maior facilidade, sem envolver os chips físicos, e ainda por cima, com a possibilidade de gerenciar diversas contas em um mesmo chip.

Por se tratar de um chip facilmente gerenciável pela plataforma da Lyra M2M, seus usuários podem cortar alguns problemas recorrentes como a necessidade de ter vários chips disponíveis de bandeiras diferentes para seus clientes, uma vez que um mesmo chip pode se associar remotamente, dentro de nossa plataforma, a uma operadora em específico.

Além dessas questões, temos outros pontos quanto às melhorias relacionadas a esse novo tipo de tecnologia:

  • Facilidade de uso: os eSIMs podem ser internos e virtuais, eliminando a necessidade de inserir e remover fisicamente um cartão SIM (o chip descartável convencional);
  • Flexibilidade: o eSIM permite que o usuário selecione e ative uma operadora de telefonia móvel diretamente no dispositivo ou na plataforma de gestão de SIM cards, sem a necessidade de visitar uma loja física ou comprar um novo cartão.
  • Menor consumo de energia: o eSIM consome menos energia do que os cartões SIM tradicionais, o que vai mudar totalmente a dinâmica do consumo de energia de dispositivos IoT e M2M (rastreadores, sensores, wearables, entre outros);
  • Maior segurança: ele oferece maior segurança do que os cartões SIM tradicionais, pois utiliza tecnologia de criptografia para proteger a identidade do usuário e suas informações pessoais. Também torna-se muito mais difícil de clonar ou duplicar um número, aumentando a segurança contra fraudes e roubo de identidade.

Qual a diferença do cartao SIM e o eSIM?

A principal diferença entre um cartão SIM (Subscriber Identity Module) e um eSIM (embedded SIM) está na forma física e na maneira como são gerenciados.

Cartão SIM

  • Físico: O cartão SIM é um chip físico que precisa ser inserido no dispositivo móvel, como um smartphone ou tablet. Ele contém informações de identificação do usuário, permitindo que o dispositivo se conecte à rede de uma operadora.
  • Troca: Para mudar de operadora ou plano, você normalmente precisa trocar o cartão SIM físico, o que pode exigir um novo chip ou, em alguns casos, a troca do cartão em si.
  • Disponibilidade: É o método mais tradicional e amplamente utilizado em dispositivos móveis ao longo dos anos.

eSIM

  • Integrado: O eSIM é um chip embutido no próprio dispositivo, sem a necessidade de um cartão físico. Ele pode ser programado remotamente pela operadora para ativar ou alterar planos e números. Pelo fato de poucos dispositivos já contarem com a versão interna do eSIM, a Lyra M2M possui a versão física, o que facilita muitos players do mercado a já utilizá-los.
  • Flexibilidade: Com o eSIM, você pode mudar de operadora ou plano de forma mais fácil e rápida, sem precisar trocar fisicamente o chip. Isso pode ser feito via software, geralmente através de um QR code ou um aplicativo da operadora.
  • Compatibilidade: Nem todos os dispositivos suportam eSIM, mas a tecnologia está se tornando cada vez mais comum, especialmente em smartphones e smartwatches modernos.
  • Multi-perfis: O eSIM pode armazenar múltiplos perfis, permitindo que o usuário troque de um para outro sem precisar trocar de chip físico, o que é conveniente para quem precisa de números diferentes, como por exemplo para viagens internacionais.
eSIM - diferença física de cada chip

A diferença física de cada SIM card

 

Em resumo, o eSIM oferece maior flexibilidade e conveniência, especialmente para quem frequentemente muda de operadora ou precisa de múltiplos perfis, enquanto o cartão SIM físico é a tecnologia mais tradicional, ainda amplamente usada, mas com menos flexibilidade.

Quem sai perdendo com a implementação dos eSIM no mercado?

Do ponto de vista do usuário, há somente vantagens nesse processo. No entanto, se olharmos do lado dos fornecedores, isso poderá ser temporariamente ruim, uma vez que será gerado gastos com a engenharia do produto para adaptar as novas tecnologias para esse tipo de chip, além dos gastos com estoques.

Podemos dizer que alguns fabricantes de chips SIM serão prejudicados no curto prazo, mas que poderão mudar o foco da produção para este novo tipo de chip.

De maneira geral, o “prejuízo” no mercado fica por conta dos aparelhos celulares que poderão se tornar mais caros inicialmente, e também as restrições de mercado que ocorrem quando uma tecnologia fica obsoleta.

Como está o mercado de eSIM no Brasil?

avanços no uso de eSIM no Brasil

No Brasil, a tecnologia eSIM já está sendo usada por algumas operadoras de telefonia móvel, incluindo a Claro, a Vivo e a Tim.

A Claro, por exemplo, oferece a opção de eSIM em seus planos pós-pagos, permitindo que os clientes ativem o serviço diretamente em seus dispositivos móveis compatíveis.

De maneira geral, o mercado de eSIM no Brasil ainda é relativamente novo, mas já apresenta algumas tendências promissoras. A expectativa é que, nos próximos anos, cada vez mais empresas adotem essa tecnologia.

Como possíveis tendências no Brasil quanto ao eSIM, podemos destacar:

  • Crescimento no número de dispositivos compatíveis: ainda que seja uma tecnologia relativamente nova no Brasil, o número de dispositivos compatíveis com o eSIM tem crescido significativamente nos últimos anos. Normalmente, marcas como a Apple que são responsáveis por evangelizar novas tecnologias como o eSIM;
  • Aumento na oferta de planos envolvendo os eSIM, assim como o aumento gradual de smartphones que já vêm de fábrica com essa tecnologia (aliás, não a outra forma de ter acesso ao eSIM se não dessa maneira);
  • Adoção do eSIM em dispositivos IoT: a tecnologia eSIM não se limita apenas a smartphones e tablets. Ela pode ser usada em diversos dispositivos conectados à internet, como smartwatches, câmeras de segurança e rastreadores GPS. A expectativa é que, nos próximos anos, cada vez mais dispositivos IoT compatíveis com eSIM sejam lançados no Brasil.

O eSIM para clientes e usuários corporativos de IoT

Algumas empresas possuem serviços associados a dispositivos móveis que precisam de conectividade constante, o que chamamos, de forma geral, de Internet das coisas.

Essas empresas, os quais nossos clientes fazem parte, utilizam os “Chips M2M”. Porém, esses chips já podem ser migrados em certos casos para o eSIM, uma vez que muitos problemas associados ao SIM card tradicional serão removidos do cotidiano dessas empresas.

Como maior diferencial nessa mudança, podemos apontar o gerenciamento simplificado das operadoras sendo feita remotamente, sem a necessidade de visitas de técnicos e vendedores no local, e claro, sem a necessidade de enviar chips físicos sempre que há algum problema no local.

Caso você queira saber em mais detalhes dessa novidade aqui no Brasil, você pode procurar um de nossos especialistas clicando na imagem abaixo.

Leitura complementar: falamos da produção de chips eSIM neste artigo.

 

Mercado de eSIM no Brasil


[TheChamp-FB-Comments]

Assine nossa newsletter

Mantenha-se atualizado com as últimas novidades sobre o universo de M2M e IoT.

Assinada com sucesso

Posts relacionados