Tecnologia

Chip Global de IoT: O que é, onde é usado e quais suas (des)vantagens?

Por Lyra M2M • 29 de fevereiro de 2024

O chip global IoT é um chip que surgiu no mercado há alguns anos, com o objetivo de facilitar a conexão de dispositivos IoT do ponto de vista de grandes corporações.

Enquanto o SIM card de M2M (machine to machine) tradicional é usado para conexões flexíveis dentro de uma mesma operadora e país, os chips globais quebram essa barreira e se desdobram entre vários países, regiões geográficas e gerações de redes móveis.

Claro que devemos reconhecer que esses chips são bons, mas queremos mostrar hoje alguns problemas e desvantagens pouco conhecidas em sua adoção.

O chip global pode realmente facilitar no investimento de uma cadeia global de chips e de dispositivos conectados, mas não quer dizer que ele seja imune a alguns problemas locais de rede.

O que é um Chip IoT Global?

Conhecido como Global IoT Chip no mercado internacional, este tipo de SIM card é usado na indústria para que as empresas usuárias possam se conectar com a rede móvel,independente de qual país e localização estejam usando seus dispositivos IoT.

A ideia central desses chips é que o usuário tenha independência e intercambialidade na hora de usar seus dispositivos de IoT, fazendo com que não dependam de empresas e redes específicas (por exemplo, ficar preso ao 3G somente).

Por meio de um sistema de roaming automatizado, o chip é feito para sempre encontrar uma rede ou sinal disponível, independente da marca ou provedor regional onde o dispositivo se encontra. Isso só é possível graças a acordos que são feitos previamente entre as provedoras de SIM cards com as operadoras de determinadas regiões ou países.

Um exemplo de empresa que vende e comercializa tais chips/ SIM cards é a TNF global connectivity, que permite que o usuário e/ou dispositivos se conectem com as redes 2G, 3G e 4G.

Porque muitas empresas optam por comprar o Chip IoT Global?

A disponibilidade de rede e de operadoras é algo incerto, que sempre “flutua” de acordo com a região do país. Isso abre a necessidade das empresas em terem que cuidar localmente de suas operações IoT, com bandeiras e empresas específicas, com faturas e geração de documentos em cada país.

Como fechar separadamente múltiplos contratos e parcerias pode ser desanimador ou inviável para empresas que operam em dezenas de países, surgiu então a possibilidade de ter um chip “super híbrido”, que operasse em quase qualquer lugar.

Dessa forma, uma empresa precisava simplesmente comprar tais chips e utilizá-los sem se preocupar com a necessidade de ficar mudando de chip ou fazendo instalações específicas em todos países em que operam.

Mas essa flexibilidade nem sempre é tão positiva assim. Há muitos relatos de que o roaming pode falhar e gerar atrasos/delays no uso dos dispositivos.

Vamos explicar isso mais adiante no artigo.

Um Chip Global é também um Chip com redundância?

O Chip Global pode até se assemelhar a um chip com redundância, o qual pode funcionar com várias operadoras de maneira totalmente flexível.

Pelo fato desses chips funcionarem em diversos países, muitas vezes eles funcionam somente vinculados a uma marca/bandeira específica. Uma empresa de telecom pode ter subsidiárias e representantes com outros nomes em outros países, dando a sensação que o chip “funciona para outras operadoras”.

Todavia, cabe ao consumidor ou empresa contratante tentar descobrir e deixar tais características de uso bem claras, uma vez que pode ser uma grande frustração descobrir que o chip global funciona somente para uma bandeira, ainda mais no Brasil.

Quais as desvantagens ocultas desse tipo de IoT SIM card?

A maior desvantagem está em seu custo ou tarifa por unidade. Como o chip vai utilizar na maioria das vezes roaming automático, o custo por unidade chega a ser o dobro de um chip ou SIM card de IoT padrão.

Então como estamos falando de empresas que utilizam milhares de chips, a conta mensal efetiva pode ser muito elevada.

Outra questão relacionada a esses SIM cards é que nem sempre tudo é feito automaticamente. Há relatos de empresas que os instalam e que o chip não realiza a troca automática para outras redes e provedores.

Por falta de treinamentos na equipe de instalação e entendimento do chip global como um todo, muitas vezes seu potencial é desperdiçado e usado parcialmente.

A questão do Roaming no Brasil

O Roaming é a capacidade de um dispositivo móvel (como um smartphone) de se conectar a redes de outras operadoras quando está fora da área de cobertura da sua operadora original.

No Brasil o roaming é extremamente importante pelo fato de ser um país muito extenso e com diversas regiões onde o sinal do 3G ou 4G é fraco ou rarefeito, senão inexistente.

Por mais que a proposta dos chips globais seja a flexibilidade, como eles normalmente operam sob somente uma bandeira (muitas vezes Telecom internacionais, como a Vodafone), aqui no Brasil elas podem se mostrar ineficientes, uma vez que não possuem as mesmas características de um chip de redundância, que faz uso de Roaming automático quando necessário.

Uma possível solução para evitar maiores transtornos nas instalações no Brasil

Existem empresas que passaram exatamente pelo o que foi apresentado no texto, e tiveram prejuízo em suas operações ao adotarem os chips globais aqui no Brasil.

Por isso, recomendamos que a empresa interessada em começar uma operação ou instalação de dispositivos em massa no Brasil, venha falar com especialistas como a Lyra M2M.

Ao realizar essa consultoria prévia a instalação ou criação de um projeto, a empresa pode evitar maiores transtornos como a necessidade de trocar os SIM cards de seus dispositivos, assim como a criação de inúmeras contas e contratos com as Telecoms internacionais sem qualquer necessidade.

Então na dúvida, conte com quem entende do assunto de Chips de M2M e IoT!


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