O tipo de desastre natural mais frequente no mundo é a inundação.
Eventos de inundação podem devastar vidas humanas, propriedades e o meio ambiente, geralmente causados por chuvas intensas, derretimento rápido de neve ou ondas geradas por tempestades.
Mudanças recentes nos padrões climáticos globais levaram a maiores riscos de inundações em certas regiões.
Um caso recente foi o da inundação causada no Rio Grande do Sul, que deixou diversos municípios embaixo d’água. Cerca de 470 municípios foram impactados por inundações no estado.
Mas proteger-se contra inundações é uma tarefa difícil de engenharia, especialmente em bacias hidrográficas baixas e zonas costeiras de risco.
Trabalhos de prevenção e defesa de áreas de risco são super importantes, mas barreiras naturais como árvores e biomas cuidadosamente equilibrados também previnem inundações e erosão em certas áreas.
Sejam elas feitas pelo homem ou formadas naturalmente, as defesas contra inundações dependem de sistemas de monitoramento para permanecerem eficazes.
Nos últimos anos, a integração da tecnologia IoT em sistemas de gerenciamento de inundações provou ser uma ferramenta poderosa.
Mostraremos em mais detalhes como isso já é feito em algumas cidades e projetos pelo mundo, e claro, vamos falar sobre a possibilidade de utilizar esse tipo de tecnologia no Brasil.
O gerenciamento de inundações e enchentes em regiões costeiras e de bacias hidrográficas exige estratégias de prevenção completas, contramedidas abrangentes e monitoramento e manutenção contínuos.
Ao contrário de outros ambientes, as áreas costeiras e de bacias hidrográficas estão sujeitas às influências das marés, das chuvas e dos vazamentos de água a montante, todos os quais contribuem para as inundações.
Os sistemas tradicionais de gerenciamento de enchentes, que muitas vezes dependem de observação manual e dados históricos, nem sempre estão equipados para responder prontamente a essas condições dinâmicas, especialmente diante de padrões climáticos cada vez mais imprevisíveis.
Inundações podem ocorrer de maneira inesperada, tornando essencial ter sistemas que possam fornecer dados em tempo real sobre níveis de água, condições climáticas e outros parâmetros relevantes para proteger nossa infraestrutura e populações.
O impacto ambiental das inundações se estende além dos assentamentos humanos.
Ecossistemas como florestas costeiras ou fluviais, que podem funcionar como barreiras naturais contra tempestades e erosão, também são vulneráveis a eventos extremos de inundações.
Portanto, estados e municípios devem ter um plano eficaz de gestão de enchentes, considerando a preservação de nossas defesas naturais.
Dispositivos IoT robustos podem ser integrados em áreas propensas a inundações ou medidas de defesa contra inundações para ajudar a melhorar nossa compreensão sobre inundações.
Sensores de IoT podem coletar dados sobre níveis de água, precipitação, umidade do solo, velocidade do vento e salinidade do oceano.
Ao analisar dados de longo prazo desses tipos de sensores, podemos identificar tendências que indicam aumento ou diminuição da vulnerabilidade a inundações, o que nos ajuda a implementar medidas eficazes para mitigar riscos futuros de inundações.
Além disso, a IoT pode ajudar a proteger ecossistemas cruciais para o gerenciamento de inundações.
Ao implantar sensores de IoT em paisagens naturais, como florestas e pastagens, podemos ajudar a prevenir erosão e inundações em regiões costeiras, preservando sua saúde e aprimorando suas habilidades naturais de defesa contra inundações, reduzindo nossa dependência de barreiras artificiais e intervenções humanas.
Em muitas áreas costeiras ao redor do mundo, os manguezais servem como barreiras naturais, amortecendo ondas e bloqueando tempestades.
De acordo com o Centro Global de Adaptação (GCA), os manguezais em 59 países protegem anualmente mais de 15 milhões de pessoas e economizam mais de US$ 65 bilhões em danos materiais.
As árvores de mangue também capturam criticamente quantidades significativas de carbono da atmosfera e servem como habitats vitais para uma ampla gama de peixes, moluscos, insetos e pássaros.
No entanto, em muitas regiões, o desmatamento para desenvolvimento, agricultura e aquicultura, bem como a exploração madeireira não monitorada, escoamento agrícola, resíduos industriais, derramamentos de óleo e doenças ameaçam as florestas de mangue.
O projeto Mikoko da Cheruiyot apresentou sensores IoT alimentados por energia solar projetados para conservar energia em florestas de mangue.
Esses dispositivos IoT incorporam uma ampla gama de tecnologias de percepção para ajudar a melhorar nossa compreensão dos delicados ecossistemas de mangue.
A clareza, os níveis e a composição da água são capturados, enquanto os dados ambientais são coletados por meio de umidade, temperatura, pressão do ar, intensidade da luz UV e sensores de gás.
Além disso, um microfone captura áudio próximo, facilitando a detecção de ruídos de motores de barcos, atividades ilegais e potenciais ameaças ao ecossistema.
O processamento de ponta inteligente é manipulado por um modelo TinyML antes que informações vitais sejam retransmitidas via LTE-M e NB-IoT, permitindo registro e processamento ainda mais centralizados.
O monitoramento contínuo dos parâmetros ambientais dos manguezais por meio da transmissão de dados em tempo real garante que alertas e avisos instantâneos sejam enviados aos serviços de proteção florestal, permitindo ações oportunas para salvar os manguezais.
Ainda que maremotos e tsunamis não sejam inicialmente uma inundação, eles ajudam a maré a subir a ponto de inundar cidades inteiras.
Um exemplo notável do uso da Internet das Coisas (IoT) na prevenção de maremotos é o sistema de alerta precoce implementado no Japão.
O país, localizado em uma região propensa a terremotos e tsunamis, utiliza tecnologias avançadas para monitorar atividades sísmicas e alertar a população sobre possíveis desastres naturais.
O sistema japonês integra sensores sísmicos distribuídos pelo território, que detectam movimentos tectônicos e enviam dados em tempo real para centros de monitoramento.
Esses sensores são conectados por meio de redes IoT, permitindo a análise imediata das informações coletadas.
Quando um terremoto potencialmente gerador de tsunami é identificado, alertas são emitidos rapidamente para a população através de sirenes, mensagens de texto e outros meios de comunicação.
Essa abordagem tecnológica permite que as autoridades japonesas emitam alertas com antecedência, proporcionando tempo crucial para evacuações e outras medidas de segurança.
A integração de sensores IoT com sistemas de comunicação eficientes exemplifica como a tecnologia pode ser utilizada para mitigar os impactos de maremotos e salvar vidas.
A boa notícia é que sim, hoje já é possível utilizar a IoT em benefício da proteção contra inundações como também do meio ambiente de maneira geral.
Uma empresa pode, por exemplo, utilizar soluções e dispositivos já utilizados em outras regiões do planeta, como pode também criar sua própria plataforma e software de IoT, disponibilizando serviços em favor de instituições e órgãos estatais.
Para saber mais sobre como ter ajuda na criação de seu projeto de IoT, temos um artigo dedicado ao assunto aqui.
E para dúvidas sobre os temas aqui levantados, e sobre uma eventual necessidade de sensores e dispositivos IoT, não hesite em falar com alguém da equipe da Lyra M2M, uma empresa com 20 anos de experiência nesse assunto.
Parte deste artigo foi uma adaptação deste texto da IoT for All.
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