A Internet das Coisas (IoT) continua a crescer de forma exponencial pelo mundo.
Estudos indicam que teremos 27 bilhões de dispositivos conectados até 2025, representando um aumento de 130% em quatro anos.
Entretanto, à medida que essas conexões aumentam, os desafios de segurança se tornam mais complexos, fazendo com que seja necessário aprender e se enquadrar cada vez mais sobre o assunto.
Além das ameaças cibernéticas tradicionais, a vulnerabilidade de dispositivos IoT traz novos riscos para empresas e usuários.
A seguir, apresentamos 10 boas práticas essenciais para garantir a segurança dos dados trafegados na IoT e fortalecer as medidas de cibersegurança, cobrindo desde a proteção de dispositivos até o futuro da conectividade entre empresas, pessoas e dispositivos diversos, como um simples smartwatch e similares.
Implementar uma política de ciclo de vida do dispositivo para soluções IoT garante segurança e bom funcionamento ao longo da utilização.
Essa política abrange desde a aquisição até o descarte, assegurando que cada fase seja gerenciada adequadamente para mitigar riscos e otimizar a operação dos dispositivos conectados.
A primeira fase envolve a aquisição e instalação.
Aqui, é importante selecionar dispositivos que atendam aos mais altos padrões de segurança e garantir que fabricantes ofereçam atualizações regulares.
Na instalação, medidas de segurança como autenticação e criptografia devem ser configuradas desde o início para reduzir vulnerabilidades futuras.
A manutenção contínua dos dispositivos é o próximo passo. Isso inclui monitorar o desempenho, aplicar atualizações de segurança e corrigir falhas para manter os dispositivos protegidos.
Na fase de substituição ou atualização, dispositivos que se tornaram obsoletos ou não recebem mais suporte técnico devem ser renovados.
Manter dispositivos ultrapassados aumenta o risco de ataques, por isso é importante planejar a substituição regular para manter a rede IoT segura.
Por fim, o descarte seguro é necessário para evitar o uso indevido de informações.
Isso inclui remover todos os dados do dispositivo e garantir que ele seja descartado de forma apropriada.
Desativar corretamente evita que dados sensíveis sejam expostos ou utilizados indevidamente.
Uma política de ciclo de vida do dispositivo bem estruturada ajuda a maximizar a segurança e eficiência ao longo da vida útil dos dispositivos, preparando a rede para as futuras inovações tecnológicas e minimizando os riscos ao longo do tempo.
Muitos dispositivos IoT, especialmente aqueles que são usados em larga escala, são distribuídos com vulnerabilidades de segurança que podem ser exploradas por invasores.
Uma prática aconselhável é garantir que os fabricantes e operadores de dispositivos IoT forneçam atualizações e patches regulares para corrigir falhas de segurança.
A negligência em manter o firmware e o software atualizados pode resultar em dispositivos vulneráveis a ataques.
As atualizações automáticas ou manuais, de acordo com o tipo de dispositivo, são essenciais para mitigar riscos emergentes e garantir que todas as vulnerabilidades conhecidas sejam tratadas.
Leia também: O que é uma plataforma de IoT?
A integração da inteligência artificial (IA) com dispositivos IoT traz inúmeros benefícios, como a automação inteligente e a capacidade de previsão.
No entanto, ela também apresenta novos desafios de segurança. A IA pode ser manipulada por invasores para realizar ações indevidas ou comprometer a privacidade dos usuários.
Uma das vulnerabilidades mais críticas está no treinamento de modelos de IA, onde os hackers podem injetar dados maliciosos para “ensinar” à IA um comportamento incorreto.
Para mitigar esses riscos, torna-se necessário garantir que os dados usados no treinamento da IA sejam seguros e não tenham sido adulterados.
Além disso, a implementação de técnicas de segurança robustas, como criptografia e auditoria de dados, ajuda a evitar a manipulação maliciosa de sistemas baseados em IA.
Com tantos dispositivos IoT trocando informações sensíveis, a criptografia de dados é fundamental para garantir que informações confidenciais não sejam interceptadas.
Tanto os dados em trânsito (aqueles que estão sendo transferidos entre dispositivos ou servidores) quanto os dados em repouso (armazenados em dispositivos ou servidores) devem ser protegidos por criptografia robusta.
A utilização de padrões de criptografia modernos, como AES-256, e a adoção de protocolos de segurança, como TLS (Transport Layer Security), são essenciais para proteger os dados. Essa prática garante que, mesmo que um hacker consiga interceptar as informações, elas estarão ilegíveis sem a chave de descriptografia.
A segmentação de rede envolve dividir a infraestrutura de TI em sub-redes isoladas, cada uma com suas próprias regras de segurança.
Por exemplo, em uma empresa, é possível criar uma sub-rede separada exclusivamente para dispositivos IoT, de modo que, se um dispositivo for comprometido, o invasor não consiga acessar diretamente a rede principal.
Além disso, essa abordagem facilita a implementação de controles de segurança personalizados para cada segmento, oferecendo proteção adicional para dispositivos mais vulneráveis.
O fim das redes 2G e 3G representa um desafio para os dispositivos IoT que ainda utilizam essas tecnologias.
À medida que as operadoras descontinuam o suporte a essas redes mais antigas, as empresas precisam migrar seus dispositivos para redes 4G, 5G e, no futuro, 6G.
Essa transição não se trata apenas de garantir conectividade contínua, mas também de aumentar a segurança.
O 5G, por exemplo, oferece melhorias significativas em termos de criptografia e controle de acesso.
Portanto, além de preparar os dispositivos para o novo padrão de conectividade, as empresas devem considerar a atualização de protocolos de segurança para aproveitar as capacidades mais avançadas das redes 5G e 6G.
Esses testes simulam ataques controlados, onde profissionais de segurança tentam explorar possíveis falhas no sistema, tal como um hacker faria.
O objetivo é descobrir pontos fracos antes que cibercriminosos possam se aproveitar deles, oferecendo às empresas a oportunidade de corrigir essas vulnerabilidades proativamente.
Esses testes são fundamentais porque os dispositivos IoT são muitas vezes deixados sem a devida supervisão, tornando-se alvos fáceis para invasores.
Testes de penetração avaliam a segurança de todo o ecossistema IoT, incluindo redes, software, hardware e até a interação entre dispositivos.
Eles permitem que as equipes de segurança identifiquem e corrijam falhas que poderiam não ser percebidas durante o uso normal do dispositivo.
Além de identificar vulnerabilidades, os testes também proporcionam um plano de ação claro para a correção e melhoria contínua da segurança.
Com base nos resultados dos testes de penetração, é possível implementar medidas corretivas, como atualizações de firmware, ajustes na configuração de rede e fortalecimento dos controles de acesso.
Ao realizar esses testes regularmente, as empresas garantem que suas soluções IoT permaneçam seguras, mesmo com a evolução constante das ameaças digitais.
Um dos maiores desafios da segurança em IoT é a incapacidade de detectar rapidamente uma invasão. Muitas vezes, os dispositivos IoT comprometidos continuam a funcionar normalmente enquanto transmitem dados confidenciais para invasores.
Implementar soluções de monitoramento e detecção de ameaças em tempo real pode ajudar a identificar comportamentos suspeitos e anômalos em dispositivos IoT.
Ferramentas de detecção baseadas em IA são particularmente eficazes nesse cenário, pois podem aprender o comportamento normal de um dispositivo e sinalizar automaticamente qualquer anomalia que indique uma possível invasão.
Uma das principais preocupações ao implementar medidas de segurança é garantir que a experiência do usuário não seja comprometida.
Dispositivos IoT são frequentemente projetados para facilitar a vida dos usuários, com foco em conveniência e simplicidade.
No entanto, medidas de segurança invasivas ou complicadas podem desmotivar os usuários e levar a uma adoção inadequada de boas práticas.
Por isso, é essencial encontrar um equilíbrio entre segurança e usabilidade.
O ideal é adotar soluções de segurança que funcionem em segundo plano e sejam intuitivas, garantindo que os usuários não precisem sacrificar a conveniência por uma maior proteção.
Nenhuma medida de segurança é completamente eficaz se as pessoas que usam os dispositivos IoT não estiverem devidamente treinadas para reconhecer ameaças e seguir práticas seguras.
Educação e treinamento contínuos são fundamentais para criar uma cultura de segurança em toda a organização, fazendo com que uma empresa e seus colaboradores façam erros básicos do mundo da cibersegurança.
Os usuários devem ser ensinados a identificar e evitar e-mails de phishing, gerenciar suas senhas com cuidado e estar cientes das práticas recomendadas de segurança.
Além disso, os profissionais de TI responsáveis pela implementação de IoT e cibersegurança devem estar sempre atualizados com as últimas ameaças e soluções.
Com isso, terminamos a lista de boas práticas de segurança no mundo da IoT.
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